A enxaqueca é uma condição neurológica que afeta cerca de 15% da população mundial, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). Apesar de sua prevalência, ainda é cercada por desinformações que dificultam o diagnóstico e o tratamento adequados. Para esclarecer o tema, reunimos oito mitos e verdades sobre a enxaqueca, com a colaboração do neurologista Dr. Henrique Vasconcelos, especialista em cefaleias.
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1. Enxaqueca é apenas uma dor de cabeça
Mito. “Embora a dor de cabeça seja o principal sintoma, a enxaqueca é uma condição neurológica complexa que pode incluir náuseas, sensibilidade à luz e ao som, e até alterações visuais conhecidas como aura”, explica Henrique.
2. Afeta mais mulheres do que homens
Verdade. De acordo com estudos, as mulheres têm três vezes mais chances de sofrer com enxaqueca do que os homens. “Isso ocorre devido a fatores hormonais, como as variações nos níveis de estrogênio ao longo do ciclo menstrual”, diz o neurologista.
3. Cafeína é sempre prejudicial para quem tem enxaqueca
Mito. O consumo moderado de cafeína pode até ajudar a aliviar crises iniciais de enxaqueca. “No entanto, o uso excessivo pode causar um efeito rebote, intensificando as dores”, alerta o especialista.
4. Enxaqueca tem cura
Mito. A enxaqueca é uma condição crônica, mas pode ser controlada com tratamentos preventivos e mudanças no estilo de vida. “Alguns pacientes ficam longos períodos sem crises quando seguem o tratamento adequado”, afirma Henrique.
5. Pode ser desencadeada por alimentos
Verdade. Chocolate, queijos envelhecidos, embutidos e alimentos ricos em glutamato monossódico estão entre os gatilhos mais comuns. “É importante que cada paciente identifique seus próprios desencadeantes para evitá-los”, orienta o neurologista.
6. Enxaqueca é psicológica
Mito. Embora o estresse possa ser um fator desencadeante, a enxaqueca é uma condição neurológica com base genética e alterações químicas no cérebro. “Não é algo que a pessoa pode controlar apenas com força de vontade”, reforça o médico.
7. Exercícios físicos podem ajudar
Verdade. Atividades físicas regulares ajudam a liberar endorfinas e melhorar a circulação sanguínea, o que pode reduzir a frequência das crises. “Mas é importante evitar exercícios extenuantes durante uma crise”, pontua o especialista.
8. Medicamentos para enxaqueca causam dependência
Mito. Os remédios para crises agudas, quando usados corretamente, não causam dependência. “O problema surge quando há uso excessivo, o que pode levar à cefaleia por abuso de medicamentos. Por isso, é essencial seguir a orientação médica”, esclarece o neurologista.
O que fazer em caso de enxaqueca?
Henrique reforça que a enxaqueca não deve ser encarada como algo “normal”. “Se as dores de cabeça são frequentes e impactam sua qualidade de vida, procure um especialista. Com diagnóstico e acompanhamento adequados, é possível viver bem mesmo com a condição”, conclui.
Além disso, manter hábitos saudáveis, como alimentação balanceada, sono regular e controle do estresse, são medidas que ajudam a prevenir crises.
Por Nágela Cosme