A dengue é uma doença transmitida pelos mosquito aedes aegypti, sendo uma das principais preocupações em regiões tropicais e subtropicais. Esta enfermidade viral pode causar sintomas variados, desde uma forma leve até complicações graves. Neste artigo, exploraremos questões importantes relacionadas à dengue, abordando a possibilidade de recorrência, seu contágio e estratégias de tratamento.
Curta, siga e se inscreva nas nossas redes sociais:
Facebook | Twitter | Instagram | YouTube | Koo
Sugira uma reportagem. Mande uma mensagem para o nosso WhatsApp.
Entre no canal do Revista Cariri no Telegram e veja as principais notícias do dia.
Recorrência da dengue: quem já teve, pode ter novamente?
A dengue é causada por quatro sorotipos diferentes do vírus (DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4). Quando alguém é infectado por um determinado sorotipo, desenvolve imunidade vitalícia contra aquele tipo específico. No entanto, a infecção por um sorotipo não confere imunidade completa contra os outros três. Isso significa que uma pessoa pode contrair dengue mais de uma vez ao longo da vida, se infectada por sorotipos diferentes.
A recorrência da dengue é conhecida como dengue heteróloga e geralmente está associada a um risco aumentado de complicações. Portanto, mesmo aqueles que já tiveram a doença devem continuar adotando medidas preventivas, como a eliminação de criadouros de mosquitos e o uso de repelentes.
É contagiosa?
A dengue não é transmitida diretamente de uma pessoa infectada para outra. A principal forma de transmissão é através da picada dos mosquitos aedes infectados. Quando um mosquito pica uma pessoa infectada, ele se torna vetor do vírus e pode transmiti-lo a outras pessoas durante picadas subsequentes.
É importante ressaltar que o mosquito aedes aegypti é diurno, preferindo picar durante o dia, especialmente ao amanhecer e ao anoitecer. Medidas de controle, como o uso de telas em janelas, repelentes e roupas que cobrem a maior parte do corpo, podem ajudar a prevenir a picada dos mosquitos.
Como tratar
Atualmente, não há um tratamento específico para a dengue. O manejo da doença é sintomático, focando na alívio dos sintomas e na prevenção de complicações. As orientações médicas incluem repouso, hidratação adequada, analgésicos para controle da febre e dor, além de medidas para evitar a proliferação de mosquitos.
Em casos mais graves, como a dengue hemorrágica, a hospitalização pode ser necessária. O acompanhamento médico é fundamental para monitorar a evolução dos sintomas e intervir precocemente em situações de risco.
Prevenção: a melhor estratégia
Dada a ausência de tratamento específico, a prevenção da dengue é a estratégia mais eficaz. Além das medidas individuais, como o uso de repelentes e a eliminação de focos de reprodução do mosquito, é essencial que as comunidades e autoridades de saúde promovam ações de controle ambiental e informem a população sobre a importância da prevenção.
Em resumo, a dengue é uma doença viral que pode apresentar recorrência, especialmente se provocada por sorotipos diferentes. A prevenção é crucial, uma vez que não há tratamento específico, e a dengue não é contagiosa entre pessoas. Ao adotar medidas preventivas e buscar assistência médica adequada, é possível reduzir significativamente o impacto da dengue na saúde pública.
Por Mirta Lourenço. Médica e colunista do Revista Cariri