O Ministério da Saúde anunciou hoje que o Brasil registrou 7.921 mortes pelo novo coronavírus. Em 24 horas, o governo confirmou 600 mortes em decorrência da doença, maior número registrado no período desde o início da pandemia.
No total, o país alcançou 114.715 casos oficiais, com 6.935 diagnósticos entre ontem e hoje, segundo os dados mais recentes da pasta. O secretário de Vigilância em Saúde do ministério, Wanderson Oliveira, disse que 100 mil testes ainda estão pendentes.
Segundo o governo, até ontem, ao menos 58.573 pacientes estavam em acompanhamento e 48.221 já se recuperaram.
Desde o início da pandemia, o Ministério da Saúde tem somado ao balanço diário mortes ocorridas desde os primeiros casos, mas com confirmação de covid-19 no último dia.
Hoje, estavam sob investigação 1.579 óbitos. A demora em anunciar as mortes pela infecção é de duas semanas em média. Desse total, menos de um sexto aconteceu entre hoje e ontem.
Segundo o boletim epidemiológico divulgado no domingo, por exemplo, o dia com maior número de mortes havia sido o dia 20 de abril, com 225 mortes que ocorreram naquele dia.
A demora faz com que os casos totais divulgados pelo ministério não sejam exatamente aqueles ocorridos até a data — no dia 22 de abril, havia uma diferença de 1.400 mortes entre as divulgadas e as ocorridas até aquele dia.
O percentual de casos na região Norte no total do país foi o que mais cresceu: passou de 12% para 15,1%. Como comparação, a região Norte concentra 9% da população. A maior parte está no Amazonas, com 8.109 infectados e 649 óbitos. O governo do Pará, segundo mais afetado na região (4.472 casos e 369 óbitos confirmados), decretou hoje lockdown em dez cidades.
O Sudeste ainda tem a maior parte dos casos (52.298, ou 45,6%), mas pela primeira vez viu o percentual ficar abaixo de 50%. São Paulo foi o estado com mais mortes confirmadas em um dia: 197 óbitos.
Fonte: UOL