O número de casos confirmados de monkeypox continua avançando no Ceará, chegando a 106 registros. Os dados são do IntegraSUS, plataforma da Secretaria da Saúde do Ceará, e foram atualizados nesse domingo (11).
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Fortaleza reúne a maioria dos registros: 88 no total. Em seguida aparece Caucaia, com três casos, seguido de Sobral, Russas, Maracanaú e Jijoca de Jericoacoara, com dois casos cada um. Barbalha, Eusébio, Itaitinga, Massapê e Pacajus têm um caso cada.
Do total de casos, seis são em pacientes do sexo feminino, incluindo uma criança, entre zero e nove anos de idade, segundo os dados da Sesa. Em todo o Estado ainda há 415 casos em investigação.
Quais os sintomas da monkeypox?
Os sinais e sintomas da monkeypox duram de 2 a 4 semanas, conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS), e desaparecem por conta própria, geralmente sem complicações.
Os principais sintomas da doença já identificados entre os cearenses são:
• lesões na pele;
• febre;
• dor de cabeça;
• fraqueza;
• dor muscular;
• aumento dos linfonodos do pescoço;
• dor de garganta;
• dor nas costas;
• suor/calafrios;
• dor nas articulações;
• lesão genital/perianal;
• náusea/vômito;
• inchaço dos gânglios;
• lesões na boca e mucosas;
• tosse;
• sensibilidade à luz;
• conjuntivite;
• inchaço peniano;
• proctite (inflamação no reto);
• sinais hemorrágicos.
O período de incubação do vírus é “tipicamente de 6 a 16 dias”, mas pode chegar a 21 dias, como explica o Ministério da Saúde. Ou seja, esse é o período que o paciente pode permanecer sem sintomas após ter contraído o vírus.
Como ocorre a transmissão da monkeypox?
Entre humanos, o vírus é transmitido por contato pessoal com secreções respiratórias, lesões de pele de infectados, fluidos corporais ou objetos recentemente contaminados.
“Quando a crosta desaparece e há reepitelização, a pessoa deixa de infectar outras e, na maioria dos casos, os sinais e sintomas desaparecem em poucas semanas”, aponta a Sesa.
De acordo com o Ministério da Saúde, a monkeypox “é uma doença que exige contato muito próximo e prolongado para transmissão de pessoa a pessoa, não sendo característica a rápida disseminação”. Apesar disso, o vírus tem potencial epidêmico.
Como prevenir?
• Evitar contato com pacientes suspeitos ou infectados;
• Higienizar as mãos com frequência, com água e sabão ou álcool;
• Usar máscaras de proteção.
As medidas também valem para roupas, roupas de cama, talheres, objetos e superfícies utilizadas por pessoas com suspeita ou confirmação da doença. Esses itens devem ser limpos da forma adequada.
O que fazer se tiver sintomas da monkeypox?
As autoridades de saúde recomendam que o paciente que apresentar sintomas da varíola dos macacos procure uma unidade de saúde, para atendimento médico. E não entre em contato com outras pessoas.
Qual é o tratamento?
O tratamento dos casos suspeitos de varíola dos macacos tem se baseado, conforme boletim da Secretaria da Saúde, “no manejo da dor e do prurido, cuidados de higiene na área afetada e manutenção do balanço hidroeletrolítico”.
A maioria dos casos, observam as autoridades de saúde, apresenta sintomas leves e moderados. “Na presença de infecções bacterianas secundárias às lesões de pele, deve-se considerar antibioticoterapia”, acrescenta a Sesa.
Até o momento, não há medicamento aprovado especificamente para monkeypox, embora alguns antivirais tenham demonstrado alguma atividade contra o MPXV.
Fonte: Diário do Nordeste