A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) apresentou, nesta sexta-feira (18), durante uma audiência pública em Brasília, as novas imagens que serão inseridas nas embalagens de produtos derivados do tabaco, além de expositores e mostruários em pontos de venda. A iniciativa faz parte das ações de combate ao tabagismo, com o objetivo de tornar as advertências mais impactantes e efetivas na conscientização dos consumidores.
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As novas advertências gráficas visam ilustrar os principais danos à saúde causados pelo consumo de tabaco, como câncer, cegueira, aborto e morte. A ideia é usar imagens fortes e mensagens objetivas, associadas a sentimentos de dor, desespero e angústia, com o intuito de sensibilizar o público. O conjunto inclui sete imagens, todas em tons vibrantes de amarelo para chamar mais atenção nas embalagens de produtos como cigarros, charutos e tabaco para cachimbo.
Além disso, as advertências nos mostruários e expositores em lojas terão um foco especial nos danos coletivos causados pelo tabagismo, como os perigos do fumo passivo e as consequências à saúde pública. Os materiais publicitários contarão com QR Codes que direcionam a conteúdos em áudio, facilitando o acesso às informações por pessoas com deficiência (PCD).
Segundo a Anvisa, as advertências precisam ser atualizadas periodicamente para continuar eficazes. A agência destacou que as mensagens impressas nas embalagens têm sido uma das campanhas de saúde pública mais bem-sucedidas no Brasil na luta contra o tabagismo.
As contribuições feitas durante a audiência pública serão analisadas pela equipe técnica da Anvisa e servirão de base para a elaboração de uma nova regulamentação, que será votada pela Diretoria Colegiada (Dicol). As novas imagens devem ser aplicadas por um período de dois anos, até 2027, quando haverá outra atualização.
Histórico
O Brasil foi o segundo país no mundo a adotar imagens de advertência em embalagens de produtos derivados do tabaco, com o modelo vigente desde 2001 e revisado em diversas ocasiões, a última em 2017.
Por Heloísa Mendelshon
