Uma mulher de 24 anos morreu após usar uma colher com resquícios de leite para misturar um chá. Ela tinha acabado de ser pedida em casamento pelo namorado, com quem viajava pela África do Sul.
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Jess Prinsloo, de Wiltshire, na Inglaterra, foi vítima de uma crise aguda causada por sua alergia à proteína do leite da vaca (APLV). Ela e o então namorado, Craig, ficaram noivos no dia 27 de dezembro. Depois de comemorações com “muito champanhe e alegrias”, os dois foram visitar a mãe da noiva, aproveitando para tomar um chá.
Com alergia desde os 9 meses, ela carregava antialérgicos para caso consumisse leite por engano, mas os remédios não foram suficientes para evitar o choque anafilático —ela foi socorrida e ficou internada por um dia, mas não resistiu.
Alergia à proteína do leite é grave
• O problema ocorre por uma reação do sistema imunológico ao consumo do alimento, que o encara como um risco ao organismo. É como se o corpo entendesse que precisa atacar essa proteína para se defender.
• Em casos graves, como o da inglesa, pode levar à óbito.
• Em um dos tipos, a alergia causa reações anafiláticas, já no outro o sistema imune ataca apenas o sistema digestivo.
• Qualquer um pode desenvolver esse tipo de alergia ao longo da vida, mas ela é muito mais comum nos primeiros meses de vida e tende a desaparecer logo nos primeiros anos da infância.
Os sintomas são imediatos e ocorrem até uma hora após a ingestão do alimento. Os principais são:
• Inchaço nos olhos e boca;
• Manchas vermelhas pelo corpo;
• Urticárias;
• Desmaio;
• Falta de ar;
• Tosse;
• Vômito;
• Diarreia;
• Choque anafilático.
O que fazer?
• Como ocorre de forma muito rápida, o mais indicado é procurar um serviço médico o quanto antes.
• Se for anafilaxia (reação alérgica aguda), é feita uma aplicação intramuscular de adrenalina, que tem uma ação muito rápida.
• Geralmente, quando o indivíduo é tratado a tempo, ele recebe um plano de ação do médico, que contém todas as diretrizes caso o contato com o alimento (se for o caso) volte a acontecer.
• Além disso, é indicado que o paciente ande com uma nécessaire contendo um antialérgico, um broncodilatador e a caneta de adrenalina.
Alergia não é o mesmo que intolerância
Intolerância à lactose ocorre quando o corpo não é capaz de digerir um certo nutriente (no caso, a lactose, que é o açúcar do leite). Isso ocorre devido à falta de uma enzima chamada lactase, que quebra esse açúcar em versões menores.
Já a alergia à proteína do leite é uma reação do sistema imunológico ao consumo do alimento, que pode ser grave, resultando em morte —o que ocorreu com Jess.
Os sintomas também podem ser bastante semelhantes. Mas a intolerância é marcada por sinais como:
• Dores de barriga;
• Desconforto abdominal;
• Gases;
• Diarreia.
Ambos precisam parar de tomar leite?
Sim, em ambos os casos é recomendado evitar leites e derivados.
• No entanto, pessoas com intolerância podem ainda consumir alguns itens que tenham menos lactose, como queijos muçarela, parmesão e provolone.
• Elas também podem tomar a enzima lactase sintética antes de consumir leite e derivados.
• Há ainda a possibilidade de suplementação diária com cepas probióticas que podem ajudar na digestão da lactose e aliviar os sintomas.
• Já na alergia, por despertar o sistema imunológico e em alguns casos estar ligada à anafilaxia, pede uma dieta rigorosa, sem nenhum contato com a proteína do leite de vaca.
• Em alguns pacientes, o cheiro da fervura do leite, o beijo de alguém que acabou de consumir o alimento podem resultar em reações.
• Uma esponja que lava a louça com o alimento pode levar resquícios para os utensílios do alérgico.
Fonte: VivaBem/UOL