Não é novidade que açúcar, farinha branca, carnes processadas (salsicha, hambúrguer etc.) e outros alimentos ultraprocessados não fazem bem à saúde. E novo estudo realizado por pesquisadores da Universidade Harvard (EUA) associou o consumo regular desse alimentos, que têm potencial de aumentar a inflamação do organismo, a um maior risco de desenvolver doenças cardiovasculares.
A pesquisa, que foi publicada no Journal of the American College of Cardiology, avaliou 220 mil profissionais da saúde que participaram de três grandes estudos, que acompanharam essas pessoas por até 32 anos. Os cientistas de Harvard concluíram que indivíduos que seguiram uma dieta repleta de alimentos com potencial inflamatório apresentaram um risco 46% maior de ter um problema no coração (como infarto) e 28% maior de sofrer um AVC (derrame), em comparação aos voluntários que consumiram um cardápio com baixo potencial inflamatório.
O potencial inflamatório da alimentação foi definido com base na pontuação de um questionário em que os voluntários relatavam suas dietas. Entre os alimentos com alto poder inflamatório estavam carboidratos refinados (pão, macarrão, doces), bebidas açucaradas (refrigerantes e sucos industrializados), carnes processadas (hambúrguer, salsicha) e carnes vermelhas. Já a lista com baixo potencial inflamatório continha verduras, legumes, frutas, grãos integrais, café, chá e vinho.
“Os resultados indicam que os padrões alimentares com maior potencial inflamatório foram significativamente associados a uma maior incidência de doenças do coração e AVC. Portanto, a redução do potencial inflamatório das dietas pode fornecer uma estratégia eficaz para a prevenção desses problemas”, afirmaram os pesquisadores.
Fonte: UOL