A fome constante pode ser resultado da ingestão insuficiente de calorias ou ainda um indicativo de que a saúde está com problemas. Para aqueles que desejam perder peso, a falta de saciedade costuma ser uma das maiores queixas. Porém, todos aqueles que não levam uma rotina puxada devem se questionar quando a quantidade de comida que consomem parece não ser suficiente.
A razão para essas questões pode estar em problemas de saúde como hormônios desregulados ou condições mentais extenuantes. Preparamos uma lista com alguns dos problemas de saúde mais comuns que podem ser a causa da sua fome constante:
Ansiedade ou depressão
Em alguns casos, o aumento do apetite é tido como sintoma de depressão ou ansiedade. Além dos sintomas psíquicos experimentados pelos pacientes, há também o reflexo da saúde mental no físico. Com a baixa da serotonina na corrente sanguínea, a pessoa pode procurar pelo prazer na alimentação. Entretanto, a busca não é somente sensorial, mas também afetiva – quanto mais carregado de memórias de felicidade e conforto, melhor. Além da ingestão de alimentos como pão e macarrão aumentarem os níveis de serotonina, comer pode também ser uma forma de “preencher o tempo” e dar propósito a um momento difícil.
Porém, uma dieta equilibrada é essencial para combater a depressão. A falta de vitamina B12 pode estar ligada à depressão, podendo ser encontrada nas seguintes fontes: carne, ovos e leite. E também pode ser ingerida na forma de suplemento.
Hipertireoidismo
A glândula tireoide, localizada no pescoço, é responsável pelo funcionamento do metabolismo do corpo, com a liberação de hormônios como a tri-iodotironina (T3) e a tiroxina (T4). Contudo, se há excesso de produção desses hormônios, o metabolismo do corpo irá acelerar e vão surgir diferentes sintomas. O excesso de fome, gerado pela necessidade do organismo de conseguir energia para se manter funcionando, é um deles.
Fique atento aos sinais, especialmente se mesmo com mais apetite, há também perda de peso. Se isso ocorrer quando você estiver vivendo uma rotina sedentária, sem praticar atividades físicas, é mais um indício.
Estresse
Pessoas estressadas tendem a descontar suas frustrações na comida. Isto ocorre pela produção do hormônio cortisol, que é liberado na tentativa de controlar o estresse e a pressão arterial, assim como também manter os níveis de açúcar no sangue. Porém, ele funciona bem quando liberado pontualmente.
Pessoas constantemente estressadas têm alto nível de cortisol no sangue por longos períodos de tempo. Logo, têm o apetite estimulado e acabam comendo mais. A combinação dessa característica hormonal com o fator da própria ansiedade que a pessoa está sentindo pode levar a descontroles alimentares bastante sérios.
Hipoglicemia
Às vezes o excesso de fome é uma forma de o organismo avisar que não há glicose suficiente no cérebro para que ele funcione bem. Outros sintomas são a fraqueza e a incapacidade de pensar claramente. Existem várias possíveis causas para essa condição, desde problemas no pâncreas ou diabetes, até muitas horas em jejum.
Diabetes
Para aqueles que têm diabetes do tipo 1 e 2, lidar com o controle do nível de açúcar no sangue e com a fome pode ser particularmente difícil. Principalmente se, após um processo de baixa no açúcar, comerem descompensadamente e entrarem num quadro de hiperglicemia. É preciso manter uma dieta que tenha constância e fuja de farinha de trigo e açúcar refinado.
Obesidade
O obesidade é um ciclo vicioso, pois o aumento de peso no corpo pode levar a ganhar ainda mais. Isso acontece pelo acúmulo de tecido adiposo, responsável por aumentar a insulina e, por conseguinte, o apetite. O hormônio da saciedade, leptina, também é liberado com maior dificuldade em pessoas obesas e isso atrapalha o processo alimentar delas. O aumento da massa magra do corpo, isto é, dos músculos, pode ajudar a enfrentar esse problema.
Verminoses
Muito comuns, alguns tipos de verminoses podem causar excesso de fome. Não é somente em contextos precários que se pode pegar vermes, mas também pela falta de higiene adequada com os alimentos a serem consumidos em casa e em restaurantes. Apesar da cultura de “vermifugar” rotineiramente, faça os exames acompanhado de um médico e tome o remédio prescrito, nunca sozinho.
Medicamentos
Alguns remédios são conhecidos por aumentar o apetite, como antidepressivos, anticonvulsionantes ou corticoides. Apesar desse efeito não ser um problema, algumas pessoas podem se sentir incomodadas com o possível ganho de peso. Entretanto, não devem mexer na dosagem ou parar de tomar o remédio sem consultar o médico.
Menstruação
Caso você seja uma pessoa que menstrue, já deve ter reparado que durante esse período tende a comer mais. Não é somente a TPM em ação, mas a necessidade do corpo de suprir as demandas energéticas que são maiores nessa fase. As mulheres, nesse período, podem se sentir desgastadas fisicamente e desidratadas, também.
Desidratação
Uma dica muito comum dada por nutricionistas para auxiliar na perda de peso é: quando sentir vontade de comer “bobagem”, beba água. Isto é, muitas vezes parece que estamos sentindo fome, mas, na verdade, é nosso corpo buscando hidratação. Como comida contém água, algumas mais, outras menos, essa sensação não está totalmente equivocada. Melancia e pepino são excelentes para a saúde, mas a indicação é beber água mesmo. Experimente pela manhã começar o dia com um copo de água e tomar até três litros por dia.
Insônia
Todo organismo está sujeito ao ciclo circadiano, relativo ao período de 24 horas em que biologicamente vivemos nosso dia. Quando a insônia afeta os hábitos de alguém, seus impactos são profundos em todo o corpo. A grelina é o hormônio responsável pelo aumento do apetite, e, desregulada pela falta das 8 horas de sono à noite (isto é, no escuro), provocará a compulsão.
Além disso, se falta o sono, o corpo precisa de energia para manter-se acordado e funcionando e a fome surge para suprimir essa carência. Logo, você acaba inserindo mais uma refeição no seu dia, uma que seu organismo não está acostumado ou preparado para digerir.
Fonte: Seleções