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Retorno de fósseis da França ao Cariri deve impulsionar ciência e economia, avalia pesquisadora

Lote de 998 fósseis contrabandeados do Cariri fará parte de museu de paleontologia cearense. Peças podem ajudar na compreensão de eventos climáticos, além de desenvolvimento do turismo

29 de maio de 2022
Retorno de fósseis da França ao Cariri deve impulsionar ciência e economia, avalia pesquisadora

Flaviana Jorge afirmou que fósseis poderão ajudar na compreensão de eventos climáticos (Foto: Reprodução/Twitter)

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“Algo a ser comemorado.” Assim a pesquisadora e professora cearense Flaviana Jorge descreveu o retorno de fósseis cearenses contrabandeados até a França, anunciado nesta semana. As peças integrarão o acervo do Museu de Paleontologia Plácido Cidade Nuvens, mantido pela Universidade Regional do Cariri (Urca) em Santana do Cariri, e têm rico valor para a ciência, a educação e a economia cearense, segundo a estudiosa.

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O lote das peças foi apreendido em agosto de 2013, e o pedido para devolução foi realizado em 2019. Em cerimônia na última terça-feira (24), a entrega foi oficializada. Ao todo, 998 peças, consideradas emblemáticas do período por especialistas franceses, voltarão ao Ceará.

Conforme o procurador Rafael Rayol, do Ministério Público Federal no Ceará (MPF-CE), a carga ainda passará por processos aduaneiros antes de ser liberada. A previsão é de que os fósseis cheguem ao estado entre 20 e 30 dias após o anúncio de devolução da França, feito em 24 de maio.

No entanto, segundo o diretor do museu, Allysson Pontes, ainda não há data fechada para o recebimento dos itens. Os fósseis passarão por processo de seguro para serem transportados de avião de Paris para Fortaleza, e de caminhão da capital até o interior do estado.

Doutora em Geociências pela UFPE, a cientista descreveu ao g1 o retorno das peças históricas como “muito importante”, dado que os fósseis podem ajudar no crescimento da economia local e na descoberta de aspectos relativos ao futuro do planeta.

Questões climáticas
A partir dos fósseis, os pesquisadores conseguem entender a biota local — plantas, animais, toda a vida daquele meio, conforme Flaviana Jorge — e a relação dela com as mudanças climáticas. A informação sobre o contexto antigo pode, inclusive, relacionar-se com questões ambientais do presente e do futuro.

Segundo a cientista, que estuda a diversificação de plantas com flores e os incêndios de épocas remotas, uma hipótese que precisa ser muito testada é de que o fogo ajudou na dispersão dos vegetais floridos no Cretáceo, entre 65 a 145 milhões de anos atrás.

Retorno de fósseis ao Ceará deve atrair turistas ao estado, avalia pesquisadora Flaviana Jorge (Foto: Arquivo pessoal)

“Algumas dessas plantas, que eram rasteiras e pequeninhas, começaram a avançar e se distribuir”, teoriza, pontuando que o estudo dos fósseis pode trazer novas informações sobre o que ocorreu na época.

Assim, os fósseis serviriam para descobrir, documentar e avaliar causas e fatores de influência em questões climáticas. “A gente precisa entender o que acontecia no passado. A partir desse momento, a gente consegue ter ideia do que pode vir a acontecer no local, numa região, numa parte do globo, o que pode gerar a ocorrência desse incêndio”, explica.

Melhor lugar para estudo dos fósseis
Flaviana Jorge disse que o material recuperado faria parte de um museu particular na França antes de ser alvo do MPF. Embora fosse integrar um acervo de um museu, a professora aponta que coleções do material devem ser acessíveis a todas as pessoas, inclusive para fins de estudos.

“Museu particular não é o melhor lugar para guardar patrimônio paleontológico. Muito provavelmente, esses fosseis que vão voltar da França ficariam engavetados e dificilmente alguém poderia estudá-los.”

A pesquisadora lembra o caso da espécie Tetrapodophis amplectus, inicialmente descrita como “cobra de quatro patas”, publicada na revista Science em 2015. O fóssil, originário da Formação Crato, na Bacia do Araripe, foi recolhido após a descoberta vir a público e tem paradeiro desconhecido atualmente.

Fósseis devolvidos pela França serão enviados ao Ceará (Foto: Divulgação)

“O dono do museu particular pegou de volta, escondeu e ninguém tem acesso. Não tem um cientista neste mundo que tenha acesso a esse material”, diz Flaviana Jorge.

Além de pesquisadores terem dificuldade de acesso às próprias peças, outro problema poderia surgir: o de validação científica. A professora da UFPE explicou que o objeto de pesquisa precisa estar público, pois outros cientistas podem ampliar a informação sobre o assunto.

“Nós só podemos estudar e publicar material que esteja numa coleção pública, para outras pessoas reverem informações, incluírem outras — é do fazer científico. A ciência não é estática”, afirmou. “Você não publica e acabou aí, terminou aquele trabalho; vêm outras análises, outras tecnologias, que podem ser aplicadas nesse material.”

Dessa forma, segundo a cientista, o retorno dos fósseis para um museu com coleção pública pode reforçar o desenvolvimento da atividade científica, inclusive de modo local. A existência do museu e do acervo já existente promoveu o crescimento dos estudos paleontológicos na área, os quais, para a pesquisadora, têm “qualidade que não deve nada à ciência”.

“Há 20 anos, a gente não tinha cientistas na região do Cariri. [Os fósseis] eram estudados por gente que vinha de fora do estado ou do país”, lembra, afirmando que a situação é distinta atualmente.

Circulação da economia e crescimento local
Os estudos que podem ser feitos a partir das peças não só possibilitam a ampliação do conhecimento acerca do tema, mas, também, o crescimento local.

Para a pesquisadora, a presença dos novos fósseis o museu da Urca pode impactar a economia de modo direto, a partir da ampliação do público interessado nas peças. Assim, o equipamento poderia crescer ainda mais pela maior procura.

Representação do Anhanguera Santanae, espécie de pterossauro do mesmo gênero de um dos fósseis que está sendo repatriado (Foto: Divulgação)

Allysson Pontes, porém, assegurou que o museu, gratuito ao público, não tem previsão de cobrança de taxa de visitação com a vinda dos itens. Segundo o diretor, a estratégia de arrecadação se baseia na venda de catálogos, peças e outros itens, além de doações voluntárias por parte dos visitantes.

A professora da UFPE afirma que a presença dos fósseis no museu também resultaria na retroalimentação da economia local, dado que mais pesquisadores e turistas se dirigiriam à região, favorecendo o consumo de bens e serviços no estado.

“Um cientista que mora na Alemanha, se tiver interesse de ver esse material, vem de lá, precisará visitar a região do Cariri, se hospedará, se alimentará”, explica a pesquisadora.

Custos
A pesquisadora afirma que o trabalho do MPF foi essencial para o retorno das peças, que não voltaram apenas por intenção da França. Ela, porém, ressalta a existência de altos custos ao longo desse processo — por serem materiais históricos, os fósseis precisam devem contar com condições adequadas de transporte e conservação.

Ainda segundo Rafael Rayol, os custos de transporte e seguro envolvidos no retorno do lote são de cerca de R$ 90 mil. O valor é arcado pelo Governo do Ceará, por meio da Urca, que receberá o material.

Fóssil do período Cretáceo será enviado ao Ceará (Foto: Divulgação)

No entanto, o alto custo não é apenas financeiro, afirmou a cientista. Para ela, o tempo desperdiçado até o retorno dos fósseis poderia ter sido revertido em conhecimento para a sociedade, que poderia entender mais a importância das peças.

“Enquanto a gente está lutando para que esses fósseis retornem, a gente poderia estar na região coletando, estudando fósseis, escrevendo e divulgando para a comunidade local a importância desses achados e tentando reverter a situação dentro do próprio país”, diz.

Por Marcelo Monteiro

Fonte: g1 CE

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