O Ceará deu nesta terça-feira (26) um passo importante para recuperar o protagonismo na produção de algodão, atividade que marcou a economia do estado no passado. A Assembleia Legislativa aprovou o projeto enviado pelo governador Elmano de Freitas (PT) que institui o Programa Estadual de Fortalecimento e Revitalização da Cotonicultura, voltado a estimular a produção agrícola e gerar emprego e renda no campo.
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A proposta prevê a aquisição subsidiada de sementes de algodão pelo poder público, que serão distribuídas a produtores rurais em todo o estado. O objetivo, segundo o governo, é consolidar a cotonicultura como vetor de desenvolvimento econômico sustentável.
“O Programa consiste em ações planejadas e coordenadas no intuito de estimular, apoiar e fortalecer a produção algodoeira no Ceará, promovendo o desenvolvimento econômico sustentável da agricultura cearense”, destacou a mensagem encaminhada à Alece.
O secretário do Desenvolvimento Econômico do Estado (SDE), Domingos Filho, comemorou a aprovação: “Trata-se de um grande avanço para o Ceará, especialmente para o setor do agronegócio. Estamos dando um passo significativo para o desenvolvimento econômico e sustentável da atividade algodoeira no estado.”

Histórico e retomada
O Ceará já foi o maior produtor de algodão do Brasil na década de 1980, desempenhando papel estratégico para a indústria têxtil e de óleo. Porém, a atividade foi severamente afetada pela praga do bicudo-do-algodoeiro, que devastou plantações em todo o país.
A partir dos anos 2000, a produção nacional voltou a crescer em diferentes regiões e, em 2024, o Brasil ultrapassou os Estados Unidos e assumiu a liderança mundial na exportação do produto.
Para o secretário executivo do Agronegócio da SDE, Silvio Carlos, o programa representa uma oportunidade de recuperar esse legado.
“O Ceará deixou uma marca importante na cotonicultura, mas ficou para trás. Hoje, essa cultura está consolidada no Centro-Oeste e no Sudeste, e precisamos trabalhar para trazer esse retorno ao nosso estado. Com sementes de alto poder germinativo, os produtores terão mais produtividade e competitividade”, afirmou.
Segundo ele, a SDE atuará diretamente na execução do programa, com ações de articulação, credenciamento de produtores, fornecimento de sementes e apoio técnico para fortalecer a cadeia do algodão no estado.
Por Fernando Átila










