Com a chegada do fim do ano, os sentimentos ficam ainda mais aflorados, em especial numa unidade hospitalar. Pacientes acamados, familiares aflitos, sentimentos à flor da pele. Diante de um ano tão desafiador, sobretudo para os profissionais de saúde, eles encontraram na música a fórmula para manter o equilíbrio da equipe e a alegria dos pacientes do Hospital Regional do Cariri (HRC). Mais do que profissionais, eles são humanos que tem como premissa a empatia.
O fisioterapeuta Allan Souza foi desafiado pela fonoaudióloga Lilian Diniz a trocar, momentaneamente, os equipamentos de respiração pelo violão e acordes harmoniosos, transformando a atmosfera do ambiente. Com um sentimento uníssono, enfermeiras, fonoaudiólogas, técnicos de enfermagem, médicos e psicólogos uniram-se ao coro que contagiou os pacientes.
“Música é vida, em frações de segundo, modificamos completamente o ânimo do paciente. É sem explicação ver a alegria que sentimos ao vê-los com o sorriso no rosto, os olhos brilhantes. O que me faz tocar é acreditar verdadeiramente no poder transformador da música nas nossas vidas e na vida deles”, disse Allan.
O gesto encantou pacientes e acompanhantes que esqueceram por um instante da dor. “Estou encantado com a atitude desses profissionais. Conheci o HRC há sete dias, quando meu sogro foi internado e conheci de perto a grandeza da equipe. Nunca um imposto foi tão bem pago como esse. Precisamos de mais unidades regionais como essa, com pessoal humanizado e atencioso. Já disse a todos aqui, vou colocar um adesivo na carteira informando que, se algum dia acontecer algo comigo, me tragam pra cá. Aqui somos realmente cidadãos!”, afirmou Danilo Brito de Castro.
O Hospital Regional do Cariri, da Secretaria da Saúde do Ceará, é referência em casos graves de trauma e AVC agudo. Por conta da pandemia passou a ser referência também para casos graves da Covid-19. São cerca de 1.600 colaboradores que se revezam dia e noite para prestar assistência com excelência para pacientes dos 45 municípios da macrorregião do Cariri.
