O 29º Encontro dos Profetas da Chuva, realizado em Quixadá entre os dias 10 e 11 de janeiro, trouxe previsões animadoras para o inverno de 2025 no Ceará. Cerca de 35 profetas da chuva, vindos de várias regiões do estado e também do Piauí, compartilharam suas análises baseadas em observações da natureza e experiências práticas, indicando um período chuvoso dentro ou acima da média, mas com início tardio.
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Chuvas começam em fevereiro
Segundo Helder Cortez, fundador do evento e colaborador da Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece), as previsões apontam que o período de chuvas mais frequentes deve começar entre os dias 10 e 15 de fevereiro. “A previsão geral é que o inverno será bom, mas começará mais tarde. Se tem uma coisa que alegra o nordestino é chuva”, destacou.
O encontro, realizado no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE) de Quixadá, também comemorou o Dia Estadual dos Profetas da Chuva, instituído no calendário oficial do estado e celebrado no segundo sábado de janeiro.
Tradição e identidade regional
Clébio Ribeiro, secretário de Cultura de Quixadá e organizador do evento, reforçou a importância do encontro para a identidade cultural do município e do Ceará. “O inverno para o agricultor é aquele que acompanha a colheita. Confio muito nos agricultores porque eles têm um conhecimento profundo da terra e dos fenômenos”, afirmou.
Além de ser um marco cultural local, a experiência do encontro tem sido replicada em outros estados do Nordeste, fortalecendo a valorização desse saber popular.
O que dizem os profetas
Os profetas da chuva, que utilizam métodos tradicionais para prever o clima, trouxeram análises detalhadas:
• Erasmo Barreira: Baseando-se na observação de florações, abelhas e cupins, além de um fenômeno conhecido como “lagoa do sol”, o profeta prevê “muita chuva” até junho, com açudes transbordando no estado.
• José, o profeta: Após experimentos entre julho e dezembro, José acredita em um período de boas chuvas entre fevereiro e abril, com uma pausa breve em maio, mas retorno em junho.
Futuro da tradição
Helder Cortez destacou a possibilidade de criar uma “rede de profetas”, unindo os conhecedores da tradição para fortalecer a troca de saberes e perpetuar a prática.
Por Nicolas Uchoa