Um casamento coletivo com 15 casais acontece neste domingo (12) em Barbalha. O evento já virou tradição no município e acontece desde 2016. Na festividade, cada casal de noivos é presenteado com um bolo feito com ingredientes típicos da região, como óleo de coco de babaçu, goma de mandioca, açúcar de rapadura, mel de engenho, cachaça, doce de leite e banana.
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O Casamento Coletivo das Noivas de Santo Antônio acontece no domingo que sucede a festa do “Pau da Bandeira”, comemoração que abre os festejos juninos. Em 2022, a data coincide com o Dia dos Namorados.
A apresentação de um dos bolos já aconteceu na noite deste sábado (11), no Largo da Igreja do Rosário. Além dos noivos, os participantes do evento também recebem porções individuais ofertadas pela própria organização.
O casamento comunitário em Barbalha acontece desde 2016, inspirado no evento similar que se realiza em Lisboa, Portugal, terra onde Santo Antônio viveu. A celebração acontece na igreja matriz de Santo Antônio de Barbalha.
Noivas de Santo Antônio
Anualmente, são agraciados 15 casais que, mediante edital previamente aberto, participam de processo seletivo para o Casamento Coletivo das Noivas de Santo Antônio. Entre os principais critérios está a comprovação de que o casal se enquadre em perfil econômico, que o impeça de realizar o matrimônio oficialmente.
Após a seletiva, os casais participam de diversas reuniões, ensaios fotográficos, provas de roupas e o casamento civil, que se faz obrigatório para contrair o matrimônio religioso. Logo após a cerimônia, a recepção comemorativa é realizada com 15 bolos de casamento para serem cortados pelos noivos e partilhados com a população em geral.
Bolos com ingredientes regionais
Óleo e resíduo de coco babaçu, goma de mandioca seca, açúcar de rapadura, mel de engenho, cachaça, doce de leite e banana são insumos que fazem parte do cotidiano de quem mora na região do Cariri, especialmente em Barbalha.
O desenvolvimento do bolo aconteceu durante o processo de pesquisa de Indra Nunes, de Barbalha. “Nossa proposta foi enriquecer a celebração e trabalhar efetivamente a gastronomia como vetor de transformação social”, afirma a pesquisadora.
A apresentação de um dos bolos neste sábado foi realizada pela Escola de Gastronomia Social Ivens Dias Branco (EGSIDB), equipamento da Secretaria da Cultura do Ceará (Secult) gerido pelo Instituto Dragão do Mar.
Selene Penaforte, superintendente da EGSIDB, afirma ainda que o órgão vem se destacando no cenário local e nacional por propor e desenvolver ações de pesquisa e formação, fortalecendo os conceitos de Cultura Alimentar e Gastronomia Social.
“A Escola integra as ações e políticas culturais da rede de equipamentos públicos da Secult ao fomentar vocações do estado por meio de trabalhos de impacto social e cultural”, destacou Selene.
Fonte: g1 CE