De passagem pelo Ceará, a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), Damares Alves, foi alvo de protestos no Geopark Araripe, na região do Cariri. No Crato, ela participa de uma audiência sobre estratégias de fiscalização e fechamento da Casa de Acolhimento Feminino Água Viva, instituição particular que atende mulheres com transtornos mentais.
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Movimentos de defesa da mulher questionaram a visita da ministra e criticaram o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
A professora Verônica Isidorio, integrante da Frente de Mulheres do Cariri, disse que o protesto é também um apelo por melhor acolhimento para as mulheres.
“Como ela é uma mulher conservadora, nos achamos no dever de vir aqui expressar o outro lado da sociedade, uma lado que luta pelo direito das mulheres, da população LGBT, que quer superar o racismo existente na nossa sociedade e dizer “fora, Bolsonaro” e “fora, Damares”, afirmou.
Casa de acolhimento
A visita da ministra ocorre também porque, em 12 de agosto de 2021, 34 mulheres foram resgatadas em situação de cárcere privado, maus tratos e, ainda, sinais de abuso sexual no Crato.
“Diferentemente dela, nós sempre acompanhamos esse caso. Fizemos o acompanhamento junto aos órgãos, provocamos o Ministério Público para notificar outros municípios (…) então estamos muito surpresas de ela ter se mobilizado agora, viemos aqui exatamente para saber o que ela veio fazer fazer. O que o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos traz para o Cariri?”, questionou.
Sob vaias e protestos, a ministra não falou com os repórteres no local. A assessoria de imprensa informou que ela não irá se pronunciar.
Por Igor Cavalcante e Antônio Rodrigues
Fonte: Diário do Nordeste