O Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), por meio da 3ª Promotoria de Justiça de Barbalha, abriu um inquérito civil para investigar a Azul Linhas Aéreas devido ao cancelamento dos voos diretos entre Juazeiro do Norte e Fortaleza. A empresa alterou a rota, que agora passará a ter conexão em Campinas (SP), tornando a viagem mais longa e custosa para os passageiros.
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A investigação foi instaurada nesta segunda-feira (27) e busca explicações sobre a decisão da companhia, especialmente porque os trechos diretos já haviam sido disponibilizados para venda antes do cancelamento.
“A Azul vendeu os bilhetes e depois alterou o trajeto para um percurso extremamente mais dispendioso para os consumidores. Nos chama a atenção que voos similares foram mantidos pela empresa, como o trecho direto entre Petrolina e Recife, enquanto o trajeto Juazeiro do Norte–Fortaleza foi cancelado, mesmo com um fluxo de passageiros maior no aeroporto cearense”, explicou o promotor de Justiça Rafael Couto Vieira.
MP quer esclarecer impacto da mudança
O MP solicitou à Azul informações detalhadas sobre:
Número de voos diretos operados entre Juazeiro do Norte e Fortaleza e entre Recife e Petrolina em 2024.
Quantidade de passageiros que compraram bilhetes antecipadamente antes da alteração da rota.
Lucro obtido pela companhia com essas operações.
A intenção do MP é buscar uma solução negociável para o caso. No entanto, se forem constatadas irregularidades, abusividade na conduta da empresa ou prejuízo aos consumidores, o órgão pode ingressar com uma ação coletiva consumerista contra a Azul.
Impacto para passageiros
A decisão da Azul prolonga a viagem entre Juazeiro do Norte e Fortaleza, que antes era feita em cerca de 1 hora, para um trajeto mais longo, com escala em Campinas. Além do aumento no tempo de deslocamento, passageiros podem enfrentar custos adicionais com conexões e estadias.
A mudança gerou reclamações de consumidores e autoridades locais, que cobram explicações sobre os critérios adotados pela empresa para manter algumas rotas diretas e cancelar outras.
A Azul ainda não se manifestou publicamente sobre a investigação do MPCE.
Por Nicolas Uchoa