O Cariri perdeu, nesta sexta-feira (28), Luiz Galdino de Oliveira, o Mestre Galdino, aos 65 anos. Natural do Crato, ele se destacou como mateiro, mezinheiro, escultor e condutor de trilhas ecológicas, tornando-se uma das figuras mais importantes na preservação ambiental e cultural da Chapada do Araripe.
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Reconhecido como Tesouro Vivo da Cultura do Estado do Ceará, Mestre Galdino foi um dos principais responsáveis pela transmissão de conhecimentos ancestrais sobre a biodiversidade da região e pelas práticas sustentáveis que conciliavam arte e ciência.
Um legado de preservação e cultura
A trajetória de Mestre Galdino foi marcada pelo compromisso com a valorização dos saberes tradicionais. Seu trabalho ia além das trilhas ecológicas, envolvendo também a música e a arte. Nos anos 1970, ele integrou a orquestra do padre Ágio, contribuindo para a difusão da cultura musical no Cariri.
Sua relação com a Universidade Federal do Cariri (UFCA) também foi significativa, especialmente no curso de Música, que teve dois de seus filhos entre os primeiros alunos.
Além disso, seu conhecimento sobre a fauna e flora da Floresta Nacional do Araripe fez com que recebesse o título de Guardião da Floresta, sendo um dos maiores conhecedores das madeiras sonoras utilizadas em instrumentos musicais e das plantas medicinais da região.
Até o momento, não foram divulgadas informações sobre a causa da morte. Seu corpo será velado no Centro de Velório Anjo da Guarda, na Rua Nelson Alencar, nº 748, Centro do Crato, a partir das 13h. O sepultamento está marcado para este sábado (1º), às 10h.
O legado de Mestre Galdino permanece vivo na cultura popular e na luta pela preservação ambiental da Chapada do Araripe, onde seu nome será sempre lembrado como símbolo de resistência, sabedoria e respeito à natureza.
Por Nicolas Uchoa










