Após o ministro da Educação, Abraham Weintraub, anunciar na última segunda-feira, dia 30 de novembro, o desbloqueio de cerca de R$ 1,2 bilhão, destinados às universidades e instituições federais, a Universidade Federal do Cariri (UFCA) lançou uma nota, na tarde de hoje (04), explicando que recebeu apenas 44,92% (R$ 3.981.810,00) do recurso bloqueado pelo MEC. Este montante servirá apenas para o custeio de parte da instituição e impedirá investimentos em obras e equipamentos.
Na nota, a UFCA explica que apenas o orçamento para manutenção da instituição foi desbloqueado. Com o montante, cumprirá despesas contratuais de limpeza, vigilância, apoio administrativo, motoristas, manutenção predial, água, energia elétrica e manutenção de frota. “Esse desbloqueio parcial não permitiu empenhar todas as despesas discricionárias de custeio até o final do ano”, destacou.
“Diante de um cenário de escolhas para honrar os compromissos, prevalece a política da universidade de valorização do estudante, assim, as bolsas, auxílios e Restaurante Universitário estão sendo sempre empenhados prioritariamente”, completou a nota.
A UFCA explica que cerca de 16,52% dos recursos discricionários continuam contingenciados pelo MEC. “Somente com novo desbloqueio haverá a garantia de continuidade no atendimento e reforço de empenho das despesas de manutenção da instituição”, adverte.
Com isso, continuam bloqueados os recursos para editais internos (auxílio pesquisador, por exemplo), diárias e passagens, capacitação e os itens de custeio e investimento do plano de compras. Obras de expansão e aquisição de equipamentos também serão impedidos.
Entenda
Em abril deste ano, o MEC bloqueou R$ 8.863.621,00 destinados à UFCA, que ameaçou o funcionamento da instituição até o fim do ano. Por causa disso, uma série de atividades fora na universidade foram promovidos pelas pró-reitorias para reiterar a importância do trabalho desenvolvido pela instituição no Cariri, no mês de maio. Um grande ato público também aconteceu em Juazeiro do Norte.
Por Antonio Rodrigues
Fonte: Diário do Nordeste