O jornalista Bruno Meyerfeld, do Le Monde, maior jornal francês, esteve recentemente no Museu de Paleontologia Plácido Cidade Nuvens, da Universidade Regional do Cariri (URCA), em Santana do Cariri, para produzir uma reportagem inédita sobre os fósseis da Chapada do Araripe. Além do acervo científico, o repórter também registrou aspectos culturais e sociais do Cariri, ampliando a visibilidade internacional da região.
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Política de repatriação em destaque
A visita ocorre em meio ao fortalecimento da política de repatriação de patrimônio fossilífero, conduzida pela URCA em articulação com diferentes esferas institucionais, como:
• Embaixada do Brasil (Itamaraty) e Ministério das Relações Exteriores;
• Governo do Ceará;
• Embaixadas de países da Europa;
• Polícia Federal;
• Ministério Público Federal.
Graças a esse trabalho, a universidade tem se tornado referência nacional e internacional no processo de repatriação, recebendo em dois anos fósseis vindos de diferentes países europeus.
A maior repatriação da história
O marco mais expressivo dessa política ocorreu em dezembro de 2023, quando a França devolveu ao Brasil o maior volume de fósseis já repatriados:
• 998 peças,
• 2,5 toneladas de material,
• todos incorporados ao acervo do Museu de Paleontologia da URCA.
Os fósseis, considerados de inestimável valor científico, reforçam a importância da Chapada do Araripe como um dos maiores patrimônios naturais e paleontológicos do mundo.
Cooperação com o Museu Nacional
Em julho deste ano, 40 peças desse acervo foram cedidas ao Museu Nacional do Rio de Janeiro, que segue em processo de reconstrução após o incêndio de 2018. A parceria reafirma o compromisso da URCA não apenas com a preservação, mas também com a democratização do acesso ao conhecimento científico em âmbito nacional.
Por Nicolas Uchoa
