Após denúncias de desrespeito ao decreto estadual de combate à Covid-19, o município de Juazeiro do Norte, localizado a 492 km de Fortaleza, contabilizou pelo menos cinco locais interditados entre sexta-feira e sábado (10), conforme aponta o coordenador da Autarquia do Meio Ambiente da cidade (AMAJU), Eraldo Oliveira.
Os esforços dos órgãos públicos em evitar aglomerações e o consequente contágio pela Covid-19 ocorre em meio ao cenário que a região do Cariri registra taxa de ocupação dos leitos de UTI superior a 80%.
Na sexta-feira (9), conseguiram interditaram um estabelecimento que registrava aglomeração após receber denúncias. No sábado (10), foram fechados mais quatro pontos, dentre eles, dois locais com histórico de desrespeito às medidas sanitárias. Um dos restaurantes tinha mais de 2 mil pessoas na área interna.
O controle realizado para combater a propagação do novo coronavírus é efetuado por meio da Secretaria de Meio Ambiente e Serviços Públicos (SEMASP), Vigilância Sanitária, Guarda Municipal, Polícia Militar e Autarquia do Meio Ambiente do município.
No entanto, conforme compartilhado por Eraldo, os agentes têm tido dificuldade em controlar essa situação. “Quando os agentes interditavam um estabelecimento, o público iria para outro estabelecimento, como uma unidade do vírus”, detalha.
“As pessoas confundem o horário de funcionamento com a questão de poder fazer tudo. Parece até que houve uma liberação geral. Muitas vezes, dentro do próprio horário de funcionamento há aglomerações inconsequentes.”
Eraldo Oliveira, coordenador da Autarquia do Meio Ambiente de Juazeiro do Norte
Desrespeito ao horário de funcionamento
O horário de funcionamento dos restaurantes na cidade deve respeitar o decreto, que libera o uso até 22h. Segundo Eraldo, a vigilância sanitária costuma passar cerca das 23h em alguns dos principais pontos, conferindo o respeito à determinação estadual.
No entanto, uma das práticas que os agentes têm percebido tem sido o fechamento dos portões, enquanto continuam funcionando internamente.
“Muitos que argumentam que estavam fechados e as pessoas estão pagando as contas e saindo, mas não se atentam para a questão da aglomeração, que de fato, estava existindo.”
Eraldo Oliveira, coordenador da AMAJU
Para além do desrespeito ao horário de funcionamento, os locais recebem pessoas para além do limite de 50% da capacidade, o que ainda não é permitido em Juazeiro do Norte. “Essa capacidade é avaliada pela própria vigilância, porque não pode estar aglomerando”, finaliza.
Fonte: Diário do Nordeste