Um incêndio na tarde de ontem (06), em uma loja de estofados, no bairro João Cabral, em Juazeiro do Norte, deixou a casa, onde o comércio funcionava de forma clandestina, completamente destruída. Em pouco mais de uma hora, o fogo consumiu todo o estabelecimento e por pouco não atingiu os prédios vizinhos. Ninguém ficou ferido.
A loja trabalhava consertando estofados, mas não estava regulamentada pela Prefeitura e não possuía extintores de incêndio. Sofás de clientes e equipamentos foram perdidos nas chamas.
Segundo a família do proprietário, em quase 30 anos de funcionamento, foi a primeira vez que um incêndio aconteceu na loja. O fogo teria iniciado com uma faísca que caiu de uma solda no telhado, que passava por reformas.
Major Noberto Santos, comandante do Grupamento do Corpo de Bombeiros, se mostrou preocupado com o incidente, já que muitas lojas funcionam sem o alvará de conformidade. “Muitos acabam desistindo, trabalhando de forma clandestina e acaba sendo mais dispendioso para o dono da empresa. Se tivesse seguido o trâmite, com os extintores, provavelmente o fogo não teria se alastrado”, reforça.
O próprio fato de ter pessoas trabalhando com solda perto de estofado, que usa espuma, material de fácil combustão, agrava a situação. “Para se trabalhar com solda tem que ter a liberação do material utilizado, o oxigênio. Não é qualquer gás. Aí já é outro agravante”, alerta o oficial. O major Noberto reforça a importância da conscientização, pois, além da perda material, eventualmente pode causar uma perda humana.
Apesar do susto, o Corpo de Bombeiros contabiliza poucos casos de incêndios em lojas clandestinas na terra do Padre Cícero. “Isso não quer dizer que não tenha muitas pessoas na irregularidade. A gente acaba não tendo o número exato por conta disso”, admite Noberto. “Mas isso (o incêndio) reforça para que as pessoas na clandestinidade se regularizem”, completa o militar.
Por Antonio Rodrigues
Fonte: Diário do Nordeste