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Extrativistas sofrem forte impacto com incêndio da Flona Araripe

O fogo que consumiu uma área superior a dois mil hectares, no fim de 2019 e início deste ano, devastou 80% da safra de pequi, importante fruto que garantia renda para dezenas de famílias no Cariri. Os prejuízos são incalculáveis

16 de janeiro de 2020
Extrativistas sofrem forte impacto com incêndio da Flona Araripe

O incêndio na Floresta Nacional do Araripe consumiu o equivalente a mais de dois mil campos de futebol (Foto: Antonio Rodrigues)

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Do verde ao cinza. A mudança na paisagem da Floresta Nacional (Flona) do Araripe, no território entre os municípios de Barbalha e Jardim, decorreu de um incêndio sem precedentes ocorrido no fim de 2019 e que só foi controlado no início deste ano. Uma área de 2.326,4 hectares de vegetação, o equivalente a mais de dois mil campos de futebol, foi consumida pelo fogo. Para além dos prejuízos ambientais – com danos severos à fauna e flora – o incêndio reduziu ao pó o sustento de dezenas de famílias extrativistas.

O pequi, fruto nativo da região do Cariri, teve 80% da safra perdida, conforme a coordenadora do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) na Flona Araripe, Verônica Figueiredo.

O pequi era a fonte de renda para mais de 40 famílias que, entre os meses de janeiro a março, fincavam moradia às margens da CE-060 para aproveitarem, em tempo quase integral, a safra do fruto.

Entre os extrativistas, há um mesmo sentimento de incerteza quanto ao futuro. Para a secretária geral da Fundação Araripe, Patrícia Araújo Campello, os danos, pelo menos para este ano e o próximo, são irreversíveis.

“O incêndio aconteceu justamente na florada do pequi, que coincide com o período mais seco e quente do ano (segundo semestre). Para essas pessoas, infelizmente, a situação é desesperadora. A safra, que dura apenas três meses, está comprometida quase que em sua totalidade”, pontua a gestora da ONG que atua na promoção do arranjo produtivo sustentável.

O extrativista Manoel Sávio Justiniano é um dos tantos que perdeu tudo, inclusive “o chão”, conforme descreve. Ele rememora os anos anteriores em que, através do pequi, “conseguia levar renda para dentro de casa”. Manoel conta que mensalmente ganha em torno de R$ 600. “Os dois filhos também apuram essa média, então no fim do mês, dá para pagar as contas”, detalha. O cenário atual, porém, é diferente. No último dia 8, Manoel e os filhos entraram na Flona Araripe em busca do fruto. O trabalho que dura um dia todo foi cessado em poucas horas. “Não restou quase nada”, lamenta.

Zilmar Francisco dos Santos é outro extrativista que se viu obrigado a encerrar suas atividades precocemente devido à inexistência do fruto. “Antes eu juntava dois mil pequis, hoje só 120”, relata, ao acrescentar que essa quantidade lhe rendeu “somente R$ 30”.

Adaptação
Diante deste cenário devastador, Patricia Araújo aponta como “uma das únicas alternativas imediatas” a substituição da cultura. Ela explica que a região do Cariri tem potencial para colheita de outros frutos, mas, “há resistência por parte dos próprios extrativistas”.

A gestora da Fundação Araripe cita o babaçu, “que já possui mais aceitação dos nativos” e o maracujá-do-mato, cuja implantação da cultura ainda é um desafio. “Eles não conseguem enxergar o potencial do maracujá. O fruto é descartado sem ser aproveitado como poderia”, observa.

Para tentar conscientizar os extrativistas e, consequentemente promover a cadeia produtiva desses frutos, a Fundação começou a desempenhar, neste mês de janeiro, reuniões com as comunidades rurais em que há concentração de extrativistas, como é o caso da Vila Barreiro Novo, no município de Porteiras, vizinho à cidade de Jardim.

Ação semelhante tem sido desenvolvida, há pelo menos dois anos, nas cidades de Uauá e Monte Santo, ambas na Bahia, Estado onde a Fundação Araripe também tem atuação. “Os agricultores de lá já aprenderam que podem retirar uma boa renda de outros frutos. Do maracujá-do-mato, por exemplo, eles fazem picolé, licor e fabricam doces”, pontua Campelo.

O analista ambiental Francisco Barreto recorda que “um dos papéis das ONGs e instituições que atuam no bioma brasileiro é ajudar as comunidades a se qualificarem e, paralelo a isso, incentivar a conservação da biodiversidade pelo seu uso sustentável”.

Essa qualificação, embora que de forma embrionária, começa a ser disseminada nas comunidades que circundam a área da Flona Araripe que foi consumida pelo incêndio. A agricultora Maria do Rosário é uma das que começaram a expandir o leque de manejo produtivo. Antes dedicada apenas ao pequi, agora se inclina, também, à macaúba.

A expectativa da Fundação Araripe é que esses extrativistas e agricultores prejudicados pelo incêndio diversifiquem a fonte de renda. “Da macaúba, eles podem fazer até sorvete. Além disso, o fruto possui bom escoamento para a Bahia”, ressalta Araújo.

Prevenção
Para além de incentivar a diversificação do arranjo produtivo da Região, a Fundação Araripe alerta para importância de se adotar medidas que contribuam para prevenção de danos tão austeros como os experimentados neste início de ano. Patricia Araújo lembra que no sertão nordestino ainda há uma cultura muito enraizada de “aplicar fogo para o preparo da terra”.

Embora o incêndio que devastou a Flona Araripe ainda não tenha tido uma causa apontada – não se sabe se o fogo teve ação antrópica – a gestora da Fundação Araripe crítica essa prática.

“O nativo deve ter consciência de que seu sustento advém da terra em que ele vive e, sobretudo, cuida. Não se pode propagar essa cultura de brocar a terra com fogo. Essa técnica é até aceitável, mas quando feita com perícia, com conhecimento. Sair pondo fogo, de forma indiscriminada, mina o solo e pode acarretar incêndios graves”, argumenta Patricia Araújo.

União em prol do reflorestamento
Após o incidente, órgãos públicos e entidades da sociedade civil se articulam para recuperar a área destruída o mais rápido possível. A coordenadora do ICMBio na Flona Araripe, Verônica Figueiredo, explica que a recuperação é lenta. “O desastre já foi feito. Não é uma introdução imediata que resolve. Primeiro, vamos ver como a área vai se comportar, aí depois se faz a recuperação. Não acontece de uma hora para a outra”, enfatiza, ao estimar que a recuperação deve levar pelo menos 30 anos, pois, depende de vários elementos, como clima e as especificidades de cada espécie. “O pequizeiro, por exemplo, adulto e produzindo, leva cerca de três anos. Outras espécies de plantas podem levar de cinco a dez anos”, explica. Um relatório sobre os danos causados deve ser entregue até o fim deste mês de janeiro.

Assim como foi o combate ao fogo, a recuperação do local também deve ter importante ajuda de voluntários. Um grupo está se organizando para realizar, no próximo domingo (19), um replantio simbólico de 300 mudas na Flona. “Todo mundo ficou sensibilizado. É um impacto terrível que afeta nossa vida como cidadãos”, pontua o turismólogo Ricardo Mariano. Ele coordena o evento que, além do plantio, contará com trilhas guiadas educativas pela floresta. O momento deve contar com mais de 300 voluntários.

“Vamos receber jovens de todas as idades. Não será só o reflorestamento, o trabalho vai durar o ano todo”, garante. O grupo terá apoio do ICMBio, Corpo de Bombeiros, Departamento Municipal de Trânsito de Barbalha e ambulâncias. “Vamos nos dividir em equipes de sete a nove, com brigadistas que conhecem a floresta de fato. São pessoas especializadas em plantio e reflorestamento”, completa Ricardo.

Por André Costa

Fonte: Diário do Nordeste

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