Em setembro, o número de casos (707) da Covid-19 em Juazeiro do Norte sofreu uma queda de 79% em comparação com o mês de agosto (3.423). Se observados julho (7.504), o número é ainda dez vezes menor. Os dados são da Secretaria de Saúde do Município.
Ainda assim, a terra do Padre Cícero permanece como a segunda em maior número de infectados, registrando 15.286 pessoas com o novo coronavírus, e o quarto em número de óbitos, tendo 282 vítimas da doença.
Evolução, por mês, da Covid-19 na maior cidade do interior do Estado:
• Maio – 307 casos
• Junho – 2.758
• Julho – 7.504
• Agosto – 3.423
• Setembro – 707
A diretora Vigilância em Saúde de Juazeiro do Norte, Evanusia de Lima, reconhece a queda de casos na cidade, mas ainda prega cautela pela certeza de uma estabilização. “Precisamos continuar a análise nas próximas semanas”, ponderou.
A instabilidade ainda acontece no número de óbitos, mas isso pode se dar pela demora no registro. “Os boletins registram a partir da confirmação, mas o óbito se deu há dias atrás”, completa. Nos últimos sete dias foram duas vítimas pela doença, uma média de 0,28 por dia. No início de setembro, chegou a 0,85/dia.
Apesar de existir uma forte tendência de queda na curva epidemiológica, a diretora ressalta que isso não significa o fim da pandemia. “Ainda não tem informações precisas para saber sobre a imunidade que o paciente tem após contrair o vírus ou uma medida preventiva eficaz, como vacinas”, completa.
Preocupação
A presidente do Conselho das Secretárias Municipais de Saúde do Ceará (Consems), Sayonara Cidade, aponta que é evidente uma diminuição de casos, não só em Juazeiro do Norte, como em todas as localidades do interior.
Porém, adverte para um crescimento de casos na zona rural, principalmente, com a chegada do período eleitoral.
“Como não pode ter comício, aglomeração, terão as visitas aos domicílios. Isso pode contribuir para a não estabilização dos casos”, observa.
Como exemplo, cita a média de óbitos diárias no Brasil, que estava na casa dos quatro dígitos e voltou a subir para mais de 1 mil casos no último dia 30 de setembro. “É um crescimento de novo. Foi a abertura (das atividades econômicas)? O período eleitoral? Isso é preocupante. A pandemia não acabou. Deus queira que não tenhamos novos aumentos”, finaliza.
Por Antonio Rodrigues
Fonte: Diário do Nordeste