Anúncio
Hospedagem de sites ilimitada superdomínios
Revista Cariri
  • Início
  • Últimas
  • Regionais
    • Crato
    • Barbalha
    • Juazeiro do Norte
    • Cariri
  • Segurança
  • Brasil
  • Política
    • Análises
  • Saúde
  • Classe A Rádio Hits
  • Rádio Forró das Antigas
  • Contato

Sem Resultado
Ver resultados
  • Início
  • Últimas
  • Regionais
    • Crato
    • Barbalha
    • Juazeiro do Norte
    • Cariri
  • Segurança
  • Brasil
  • Política
    • Análises
  • Saúde
  • Classe A Rádio Hits
  • Rádio Forró das Antigas
  • Contato
Sem Resultado
Ver resultados
Revista Cariri
Sem Resultado
Ver resultados
PUBLICIDADE

Com quase 70 anos, Casa de Farinha Mestre José Gomes retoma tradicional farinhada no Crato

Após 12 anos desativada, casa de farinha reabre com estrutura e rotina artesanais

25 de outubro de 2021
Com quase 70 anos, Casa de Farinha Mestre José Gomes retoma tradicional farinhada no Crato

Casa de Farinha Mestre Zé Gomes, no Crato (Foto: Antonio Rodrigues)

PUBLICIDADE

A mandiocultura sempre foi grande aliada dos agricultores no Semiárido brasileiro. O plantio do tubérculo, por não demandar uma grande quantidade de água, encontrou no sertão um lugar para se desenvolver. Neste contexto, as casas de farinhas se espalharam na zona rural garantindo a produção de seus derivados, como farinha, goma, beiju, tapioca, massa puba, entre outros.

Curta e siga nossas redes sociais:

• Facebook
• Twitter

Sugira uma reportagem. Mande uma mensagem para o nosso Whatsapp.

A industrialização deste processo, aos poucos, foi minando este trabalho, que por muitos anos funcionou quase de forma artesanal.

No distrito do Baixio das Palmeiras, em Crato, até a década de 1980 existiam aproximadamente 20 casas de farinhas. Hoje, apenas uma se mantém de pé: a Casa de Farinha Mestre José Gomes. Mesmo assim, ficou muito próxima de se extinguir, já que passou cerca de 12 anos desativada, até ser doada para a Associação dos Agricultores Familiares Sagrada Família, Baixio do Muquém.

Erguida em 1953, nestas quase sete décadas, a casa de farinha ainda mantém sua estrutura artesanal com prensagem manual e fornalha de barro, por exemplo. Num trabalho de resgate, a associação conquistou recursos através da Lei Federal Aldir Blanc, e seu espaço foi reformado, garantindo sua manutenção pelos próximos anos.

Produção artesanal de derivados da mandioca (Foto: Antonio Rodrigues)

A proposta da organização dos moradores é reavivar o plantio da mandioca, muito presente na memória de muitos moradores. Neste final de semana, alcançou o ponto máximo do trabalho: a tradicional farinhada. O processo, ao todo, envolveu diretamente cerca de 30 pessoas, entre cultivadores, arrancadores, carregadores, raspadeiras, cevadores, carregadores de água, lavadeiras, prenseiros e forneiros.

Tradição
O presidente da Associação, o agricultor Assis Nicolau, ressalta que essa é uma das únicas casas de farinha do Crato que ainda mantém esta estrutura mais antiga, por isso, desde que o espaço foi doado pelo mestre José Gomes, sua entidade tem trabalhado para mantê-la como um museu vivo, onde todo o processo que envolve a mandiocultura é acompanhado de perto.

“Isso também é para não morrer nossa origem. Preservar essa memória. Aqui podemos contar nossa história para o jovem, para os estudantes. Hoje, tudo é automático, motorizado. Ainda mantemos a estrutura dos antepassados”, explica.

Cada setor da casa de farinha, inclusive, foi pintado sinalizando cada equipamento, como os tanques de goma, o forno e a prensa.

Casa de farinha passou 12 anos desativada (Foto: Antonio Rodrigues)

Assis reforça que ainda há produtores de mandioca na comunidade, mas o cultivo só acontece em função da produção da massa puba, onde o processo é mais simples: coloca o tubérculo de molho por cerca de cinco dias, espera sua decomposição e lava.

“Aqui tem todo o segmento, desde os arrancadores aos carregadores. Da raspadeira ao prenseiro. Ainda se mantém a tradição de sentar, raspar, como uma roda de conversa”, diz Assis,

No exaustivo trabalho de forneiro, o agricultor José Cícero Braz, conhecido como Zé de Téta, ressalta que este trabalho é fruto de um plantio que começou há um ano e meio e envolveu muitas pessoas da comunidade.

“Hoje, tudo se aproveita da mandioca. A casca vai para os animais. A farinha, se não quiser, coloca para secar e mistura com a ração”, detalha.

A queda da mandiocultura no distrito do Baixio das Palmeiras e no território do Crato como um todo, na avaliação do agricultor, se deu pela mecanização.

Casa de farinha no Crato mantém aparato artesanal (Foto: Antonio Rodrigues)

“Hoje, grande parte da farinha é vinda do Paraná, industrializada, oferecendo um custo menor. Aqui, se ocupa muita gente e não tem uma grande perspectiva de lucro”, detalha Zé de Téta.

Para o agricultor, voltar a trabalhar na farinhada traz a memória de seus pais e seus avós, que tinham o sustento na mandioca. “Antes, era muito forte. Começava em maio e ia até dezembro. Ninguém ficava parado”, lembra o agricultor.

A manutenção, para ele, também servirá de estudo para as próximas gerações. “Muitos só têm contato com as casas de farinha modernas”.

O pensamento de Zé é semelhante ao da agricultora Edileuda Tavares, que participou do processo desde a raspagem à embalagem do beiju, realizada ontem e na manhã deste domingo (24). “Isso representa nossas raízes, voltar ao passado. Desde pequena, fazia farinhada com meu tio”, lembra.

Com apoio de toda a comunidade, foram produzidos cerca de 250 beijus, a maioria já encomendados há semanas. A renda será revertida para a associação de moradores. “Todos vieram de forma voluntária, com amor e dedicação”.

Produção artesanal de tapioca (Foto: Antônio Rodrigues)

Este é o segundo ano de retorno da farinhada. A primeira, em 2019, também foi de grande sucesso. “Fez foi faltar beiju de tanta procura”.

Cerca de 80 pessoas, nestes três dias de farinhada, circularam pelo a casa de farinha, entre pesquisadores, clientes e os próprios moradores, trabalhando de forma voluntária.

“A gente colocou em mente que poderia voltar a funcionar e incentivar o plantio da mandioca, que é nossa essência. É uma cultura resistente à seca. A nossa intenção é fazer isso sempre, para que gere emprego, renda e ofereça outros atrativos para a comunidade”, acredita Assis.

Por Antonio Rodrigues

Fonte: Diário do Nordeste

Revista Cariri Recomenda

URCA firma cooperação com TJCE e Sedih para ampliar cultura de paz no Cariri
Regionais

URCA firma cooperação com TJCE e Sedih para ampliar cultura de paz no Cariri

8 de dezembro de 2025
☔ Alerta de chuvas intensas no Ceará é ampliado para 108 cidades, segundo Inmet
Cariri

Cariri enfrenta fim de semana de calor intenso e baixa umidade, com possibilidade de chuvas isoladas

5 de dezembro de 2025
Hospital Polo Regional do Centro-Sul inicia obras em Iguatu com investimento superior a R$ 312 milhões
Regionais

Hospital Polo Regional do Centro-Sul inicia obras em Iguatu com investimento superior a R$ 312 milhões

4 de dezembro de 2025
Elmano de Freitas autoriza início das obras do Hospital Regional do Maciço de Baturité
Regionais

Elmano de Freitas autoriza início das obras do Hospital Regional do Maciço de Baturité

29 de novembro de 2025
Próximos
Cibercriminosos infestam Play Store com apps falsos usados para golpes

Cibercriminosos infestam Play Store com apps falsos usados para golpes

Datafolha: Maioria acha Bolsonaro desonesto, falso, incompetente, despreparado, indeciso, autoritário e pouco inteligente

Facebook e Instagram derrubam live em que Bolsonaro associou Aids a vacina contra a Covid-19

Petrobras anuncia novo aumento na gasolina e no diesel

Petrobras anuncia novo aumento na gasolina e no diesel

Mais Lidas

  • Professores destacam os cinco erros mais comuns na redação do Enem e como evitá-los

    Ceará reúne concursos e seleções com inscrições abertas e salários que chegam a R$ 16 mil

  • Caixa encerra hoje inscrições de concurso com 184 vagas; veja como participar

  • Fortaleza e Ceará são rebaixados à Série B após derrotas na última rodada do Brasileirão

  • Mudanças na CNH incluem fim das aulas obrigatórias em autoescolas e renovação automática para bons condutores

  • URCA firma cooperação com TJCE e Sedih para ampliar cultura de paz no Cariri

© Revista Cariri - Desenvolvido por Clik Design.

Sem Resultado
Ver resultados

© Revista Cariri - Desenvolvido por Clik Design.

Controle sua privacidade
Nós usamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência em nossos serviços, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao utilizar nossos serviços, você concorda com tal monitoramento.
Funcional Sempre ativo
O armazenamento ou acesso técnico é estritamente necessário para a finalidade legítima de permitir a utilização de um serviço específico explicitamente solicitado pelo assinante ou utilizador, ou com a finalidade exclusiva de efetuar a transmissão de uma comunicação através de uma rede de comunicações eletrónicas.
Preferências
O armazenamento ou acesso técnico é necessário para o propósito legítimo de armazenar preferências que não são solicitadas pelo assinante ou usuário.
Estatísticas
O armazenamento ou acesso técnico que é usado exclusivamente para fins estatísticos. O armazenamento técnico ou acesso que é usado exclusivamente para fins estatísticos anônimos. Sem uma intimação, conformidade voluntária por parte de seu provedor de serviços de Internet ou registros adicionais de terceiros, as informações armazenadas ou recuperadas apenas para esse fim geralmente não podem ser usadas para identificá-lo.
Marketing
O armazenamento ou acesso técnico é necessário para criar perfis de usuário para enviar publicidade ou para rastrear o usuário em um site ou em vários sites para fins de marketing semelhantes.
Gerenciar opções Gerenciar serviços Manage {vendor_count} vendors Leia mais sobre esses propósitos
Ver preferências
{title} {title} {title}
WhatsApp chat