As chuvas registradas no início de 2025 impulsionaram os níveis dos reservatórios cearenses, e 16 açudes já atingiram sua capacidade máxima e sangraram neste ano. O balanço foi divulgado pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), que monitora a situação hídrica do estado.

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Ao final de fevereiro, o Ceará contava com 44,4% das reservas hídricas acumuladas nos açudes monitorados pelo órgão.

Açudes que sangraram
Os açudes que chegaram ao limite de sua capacidade e transbordaram são:

1. Acaraú Mirim
2. Arrebita
3. Caldeirões
4. Cauhipe
5. Forquilha
6. Gerardo Atimbone
7. Germinal
8. Itapajé
9. Jenipapo
10. Maranguapinho
11. Pesqueiro
12. Quandu
13. São Pedro Timbaúba
14. São Vicente
15. Sucesso
16. Tijuquinha

Situação dos maiores açudes
Embora alguns açudes tenham alcançado sua capacidade máxima, os três maiores reservatórios do estado ainda apresentam volumes distintos.

• Açude Banabuiú: 35% da capacidade
• Castanhão (maior açude do Ceará): 27% da capacidade (chegou a 2,1% em 2018)
• Orós (segundo maior do estado): 60% da capacidade

Apesar das melhorias, os aportes de água não são uniformes em todo o estado.

Distribuição desigual das chuvas
Segundo o presidente da Cogerh, Yuri Castro, a recarga dos açudes não depende apenas da quantidade de chuva, mas também de onde e com que frequência ela ocorre.

“Nem sempre chuva resulta em aportes. As chuvas, mesmo na média ou até acima da média, carecem de constância e precisam cair no lugar certo para gerar escoamento e, consequentemente, aportes”, explicou.

As bacias hidrográficas do norte do Ceará estão em situação mais confortável, com volumes acima de 70% da capacidade total. Por outro lado, algumas regiões ainda exigem atenção:

• Sertões de Crateús: açudes com menos de 20% da capacidade
• Médio Jaguaribe: volumes abaixo de 30%

Por Nágela Cosme