A Agência de Desenvolvimento Agropecuário (Adagri) divulga nesta quinta-feira (3) o balanço final da campanha de vacinação contra a febre aftosa, no Ceará. O prazo para envio das declarações de imunização por parte dos criadores terminou ontem (31). A meta do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) é de 90%. De acordo com a coordenação estadual da campanha de vacinação, até ontem o Ceará tinha 89% do rebanho imunizado
O coordenador estadual da campanha, Joaquim Sampaio, explicou que a Adagri está fazendo ajustes das declarações enviadas e atualização dos dados cadastrais. Ele, no entanto, antecipa que a meta “deverá ser alcançada”.
“Há criadores que venderam parte do rebanho e é preciso atualizar os dados. Hoje e amanhã vamos concluir esse trabalho”.
A imunização é um dos critérios do Mapa para que os estados avancem para alcançar o status de livre de aftosa sem vacinação. Em novembro próximo, haverá nova etapa da campanha, no entanto, a vacinação será obrigatória apenas para os animais de até 24 meses de vida.
A previsão é que a última campanha ocorra em maio de 2021. O Ceará atingindo a meta na atual e nas próximas duas campanhas, vai solicitar ao Mapa a condição de zona livre de aftosa sem vacinação. “O nosso esforço é nesse sentido”, reafirmou Sampaio.
O status de zona livre de aftosa sem vacinação vai impactar de forma positiva as exportações de carne e de outros produtos, favorecendo a economia regional. A zona livre é reconhecida nacionalmente pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e internacionalmente, pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).
Declaração
Joaquim Sampaio lembrou que quem vacinou o gado e não declarou é passível de multa, no valor de R$ 22,50 por animal. “Fica na mesma condição de quem não adquiriu a vacina”, pontuou.
De acordo com a Adagri, o Ceará tem cerca de 2,6 milhões de bovinos e 1,4 mil de bubalinos. Na atual etapa de imunização todos os animais devem ser vacinados.
Por Honório Barbosa
Fonte: Diário do Nordeste