A macrorregião de saúde do Cariri tem taxa de positividade de testes de Covid-19 maior que a média do Ceará, conforme dados apresentados pelo secretário de Saúde do Ceará, Carlos Roberto Martins Rodrigues Sobrinho (Dr. Cabeto), na manhã deste sábado (22), durante live para o anúncio do novo decreto de reabertura econômica.
Segundo o secretário, a macrorregião de saúde do Cariri registrou 58,21% de positividade. Já em todo o Estado, a positividade de exames está em 35%, ou seja, de cada 100 exames 35 são positivos para o novo coronavírus. Isso inspira muito cuidado”, alerta o titular da pasta.
Devido aos indicadores altos da doença, o governador Camilo Santana resolveu manter as regras do decreto de reabertura econômica no Ceará sem mudanças, porém, recomendará medidas mais restritivas para a região do Cariri.
Conforme Cabeto, a taxa de transmissão, que indica o risco de uma pessoa contaminar outra e usa a razão do número 1 para mensurar o controle da pandemia, também está alta na região do Cariri.
“Quando a razão é abaixo de 1, significa que a pandemia está em maior controle. (…)O que nos preocupa é a região do Cariri que vem mantendo sempre taxas acima de 1, tinha caído um pouco e voltou a crescer. Olhando pela ótica da taxa de transmissão nós temos uma especial atenção para a região do Cariri e também uma atenção para a região do Litoral Leste do Jaguaribe”, disse o secretário.
O número de internação de pacientes com o novo coronavírus na região também está alto. “Temos 67 pacientes todo tempo sendo transferidos”, relata o secretário.
Outros indicadores
Ainda conforme o secretário da Saúde, a taxa de positividade dos exames do novo coronavírus reduziu significativamente em Fortaleza. “Na região de Fortaleza nós temos uma redução permanente da razão, sempre abaixo de 1 e isso é muito bom”.
A capital cearense permanece com tendência na redução de atendimentos por Covid-19 nas emergenciais e nas Unidades de Pronto Atendimento (Upas). O número de pacientes internados em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) ainda permanece elevado, de acordo com o secretário, com o tempo maior de internação.
“Esse panorama mostra o quão é importante ainda entender que a pandemia não cessou. É preciso ainda muito cuidado, pois temos números elevados”, disse Cabeto.
Porém, o número de pacientes internados em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) do Estado continua alto. “O número de pacientes internados em UTIs, ao nosso ver, ainda esta elevado, e temos um tempo de internação maior que o da primeira onda, isso porque a capacidade de atendimento aumentou, mas por outro lado sobrecarrega a rede”, explica o secretário.
Fonte: G1 CE