Por conta das chuvas abaixo da média, o tamanho da área de seca moderada no Ceará registrou aumento, e a região de seca fraca diminuiu. Os dados são do mais recente Monitor das Secas.
O estado terminou abril com 43,78% de área de seca moderada, enquanto em março esse percentual era de 36,28%. É a maior área com seca moderada desde fevereiro de 2020, quando o Ceará tinha 57,7% de seu território classificado como em “seca moderada”.
Segundo o levantamento, 55,60% do território cearense está sob “seca fraca” (em março, eram 63,72%).
A seca moderada avançou em direção ao Litoral Norte por conta da chuva abaixo da média na região, mas diminuiu na Região Jaguaribana.
De acordo com a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), no último mês de março, das oito macrorregiões, somente o Litoral de Fortaleza apresentou chuvas acima da média.
Tipos de seca
• Seca fraca: segundo o Monitor das Secas, ocasiona a diminuição do plantio e crescimento de pastagens. Os municípios pertencentes a esta faixa começam a apresentar déficits hídricos prolongados e o plantio quase não são recuperados.
• Seca moderada: ocasiona perda de córregos, reservatórios ou poços com níveis baixos, algumas faltas de água em desenvolvimento. A seca grave representa perda total das pastagens programadas, escassez de água e restrições de água impostas.
• Seca extrema: gera grandes perdas das pastagens e a escassez de água é generaliza.
• Seca excepcional: gera perda total das plantações, escassez de água nos reservatórios, córregos e poços de água, criando situações de emergência.
O território cearense está 100% sob condições de seca, moderada ou fraca.
Sobre o Monitor
O Monitor de Secas é coordenado pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), com o apoio da Funceme, e desenvolvido com diversas instituições estaduais e federais ligadas às áreas de clima e recursos hídricos, que atuam na autoria e validação dos mapas. Por meio da ferramenta é possível comparar a evolução das secas nos 19 estados e no Distrito Federal a cada mê.
O projeto tem como principal produto o Mapa do Monitor, construído mensalmente a partir da colaboração dos estados integrantes do projeto e de uma rede de instituições parceiras que assumem diferentes papéis na rotina de sua elaboração.
A metodologia do Monitor de Secas foi baseada no modelo de acompanhamento de secas dos Estados Unidos e do México. O cronograma de atividades inclui as fases de coleta de dados, cálculo dos indicadores de seca, traçado dos rascunhos do Mapa pela equipe de autoria, validação dos estados envolvidos e divulgação da versão final do Mapa do Monitor, que indica a ausência do fenômeno ou uma seca relativa, significando que as categorias de seca em uma determinada área são estabelecidas em relação ao próprio histórico da região.
Fonte: G1 CE