As obras físicas que garantem a passagem da água do Projeto de Integração do Rio São Francisco (Pisf) até o território cearense foram concluídas, segundo o Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR). O trecho finalizado vai garantir a interligação entre os reservatórios Milagres, em Verdejante (PE), e Jati, na cidade homônima no Ceará, que fazem parte do Eixo Norte do empreendimento.
Agora, para que as águas cheguem ao Ceará, basta que o processo de enchimento do reservatório Milagres, ainda em solo pernambucano, seja finalizado. Assim que estiver cheio, as águas do ‘Velho Chico’ atravessarão a divisa entre Pernambuco e Ceará. A expectativa é que a barragem de Jati comece a receber o recurso hídrico já no próximo mês de junho.
Em agosto, devem ser iniciados os testes de entrega de água do ‘Velho Chico’ ao Cinturão das Águas do Ceará (CAC), obra executada pelo governo estadual. Se tudo ocorrer bem, da barragem de Jati, as águas da Transposição seguem até o Açude Castanhão, pelo através do chamado “eixo emergencial”, de 53 quilômetros de extensão.
O recurso hídrico será transportado pelo CAC até o Riacho Seco, em Missão Velha, e de lá seguirá pelo Rio Salgado, onde deságua no Rio Jaguaribe. A expectativa é 4,5 milhões de pessoas sejam abastecidas na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF).
Neste ano, o Governo Federal já aportou recursos que somam R$ 271,5 milhões nos dois Eixos do maior empreendimento hídrico do País. Ao todo, o Pisf está orçado em R$ 10,7 bilhões. “O acesso à água é um direito universal dos cidadãos. A conclusão desta etapa do Projeto São Francisco é mais um avanço para que o povo cearense possa ter a tranquilidade do acesso à água e mais oportunidades para o desenvolvimento”, destaca o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho.
O MDR também informou que as obras necessárias para o avanço das águas do Rio São Francisco entre os reservatórios Jati, no Ceará, e o Caiçara, na Paraíba, também já estão concluídas. Isso permite que o recurso hídrico siga em direção ao estado paraibano e ao Rio Grande do Norte, testando as demais estruturas daquele trecho.
Por Antonio Rodrigues
Fonte: Diário do Nordeste