O advogado bolsonarista Cosmo Silva Lemos, 64 anos, alvo de uma ação do Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) por fazer declarações racistas e homofóbicas em rede social, também fez uma postagem com insultos e de intolerância religiosa contra a primeira-dama, Janja Lula da Silva.
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A publicação foi feita em 1º de janeiro deste ano, data da posse de Lula como presidente do Brasil.
“Lula tava muito bêbado quando viu a Janja! Oh Mulher feia! Horrível! E não curou do porre. Casou! Macumba funciona”, escreveu Cosmo na legenda acompanhado de uma foto de Janja com imagens de uma religião afro-brasileira.
A reportagem entrou em contato com Cosmo por meio das redes sociais, mas não obteve resposta até o momento.
Cosmo é bancário aposentado e em 2014 foi presidente do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) em Juazeiro do Norte. O bolsonarista foi candidato a vereador no município do Cariri cearense em 2016; ele obteve 82 votos e não se elegeu.
Atualmente, ele usa as redes sociais para fazer postagens pró-Bolsonaro, além de críticas ao presidente Lula.
No dia da invasão aos Três Poderes, em 8 de janeiro, Cosmo publicou um vídeo negando participação nos atos e justificando que em “um momento de brincadeira” havia enviado um áudio informando que estaria na capital do país.
Ação do Ministério Público
O Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) registrou na terça-feira (7) uma ação civil pública (ACP) contra o advogado por conta de declarações racistas e homofóbicas em rede social.
O caso aconteceu em agosto de 2022, quando o advogado publicou áudios e vídeo com teor discriminatório à população LGBTQIAPN+ e racista em desfavor de mulheres negras. As publicações foram feitas na rede social WhatsApp e, posteriormente propagadas por diversas pessoas no Instagram.
No entendimento do Ministério Público, Cosmo na oportunidade defendeu, manipulou e incitou a população à prática de discriminação e preconceito contra a população LGBTQIAPN+ e mulheres negras, tendo suas declarações agredida a sociedade como um todo e, portanto, necessária a interposição da Ação Civil para inibir novas práticas semelhantes e de tutelar direitos fundamentais.
A ação do órgão, por intermédio da 3ª Promotoria de Justiça de Juazeiro do Norte, foi ingressada pelo promotor de Justiça José Carlos Félix da Silva, que pede judicialmente o pagamento de indenização por danos morais coletivos na quantia de R$ 500 mil, bloqueio e indisponibilidade de bens e valores no referido valor e a retirada imediata do conteúdo das redes sociais, sob pena de multa diária de mil reais.
Além da indenização, foi pedido que o advogado seja condenado a publicar retratação em suas redes sociais, especificando tratar-se de condenação judicial, cuja postagem deve permanecer na sua página virtual durante o prazo de um ano.
Fonte: g1 CE