Anúncio
Hospedagem de sites ilimitada superdomínios
Revista Cariri
  • Início
  • Últimas
  • Regionais
    • Crato
    • Barbalha
    • Juazeiro do Norte
    • Cariri
  • Segurança
  • Brasil
  • Política
    • Análises
  • Saúde
  • Classe A Rádio Hits
  • Rádio Forró das Antigas
  • Contato

Sem Resultado
Ver resultados
  • Início
  • Últimas
  • Regionais
    • Crato
    • Barbalha
    • Juazeiro do Norte
    • Cariri
  • Segurança
  • Brasil
  • Política
    • Análises
  • Saúde
  • Classe A Rádio Hits
  • Rádio Forró das Antigas
  • Contato
Sem Resultado
Ver resultados
Revista Cariri
Sem Resultado
Ver resultados
PUBLICIDADE

748 famílias reassentadas para a transposição do São Francisco estão há 3 meses sem receber recursos

Impasse no orçamento impede pagamento do governo federal

15 de abril de 2021
748 famílias reassentadas para a transposição do São Francisco estão há 3 meses sem receber recursos

Parte das famílias desapropriadas foram reassentadas nas Vilas Produtivas Rurais (VPR’s) (Foto: Antonio Rodrigues)

PUBLICIDADE

Se, por um lado, a chegada das águas do rio São Francisco ao Ceará foi motivo de comemoração, por outro seu processo foi doloroso para muitas pessoas do Sertão. Dezenas de famílias foram desapropriadas para dar lugar a canais, túneis, sifões, barragens e outras estruturas. E, para piorar, 748 famílias aguardam há três meses o recurso do governo federal a que têm direito.

Algumas dessas famílias foram reassentadas nas Vilas Produtivas Rurais (VPR’s), onde, mensalmente, deveriam receber o valor de um salário mínimo, chamado verba de manutenção temporária (VMT), pago até serem entregues lotes irrigados com recurso hídrico do próprio “Velho Chico”.

Porém, há mais de 90 dias o recurso não é repassado às quase sete centenas e meia de famílias que moram nas 18 vilas foram construídas. Como a grande maioria composta por agricultores que não tem condições ou terra para produzir, esse dinheiro é sua única fonte de renda. Em plena pandemia, padecem de ajuda de vizinhos e familiares para sobreviver.

“Não tem dinheiro, mas já está na planilha”
Na VPR Vassouras, em Brejo Santo, onde mora o agricultor Alexandre Silva, 145 famílias aguardam o pagamento. A última vez que recebeu o valor foi janeiro. Fevereiro, março e abril não foram repassados. “A gente entrou em contato e procurou saber. Disseram que ainda não sancionou e que não tem dinheiro, mas já está na planilha”, conta, em referência ao impasse na aprovação do orçamento no governo federal.

Antes da pandemia, muitos moradores da vila ainda conseguiam trabalhar. Atualmente, entretanto, a maioria sobrevive dessa verba. “Alguns agora estão vivendo de doação de cesta básica. E não é só aqui. Nesta semana fizemos uma reunião com representantes de todas as 18 vilas e todas elas estão assim”, conta Alexandre.

Também moradora de Vassouras, a agricultora Maria das Dores Bezerra enfrenta dificuldades. Antes de ser desapropriada e reassentada na vila, morava às margens do Riacho dos Porcos, onde ainda mantém suas terras, mas sem qualquer produção.

“É difícil o acesso. Ficou distante ir para a terra. Nós, que somos mães solteiras, não temos como trabalhar longe ou pagar uma pessoa para produzir. Temos terra, mas não temos como trabalhar porque ficou distante”
Maria das Dores Bezerra, agricultora

Lá, cada família terá direito a um lote de aproximadamente quatro hectares, que serão irrigados com as águas do Projeto de Integração do Rio São Francisco (Pisf), que passam ao lado, mas, ainda depende da construção de adutoras.

“Não tem nada pronto. Não tem por onde a água chegar na nossa comunidade. São cinco quilômetros. A área para os lotes ainda está na mata bruta”, descreve Alexandre.

Sem acesso aos terrenos
Os moradores das vilas ainda têm uma área com cerca de meio hectare para funcionar como um quintal produtivo, mas é insuficiente para o sustento. Maria das Dores. conta, inclusive, que nem mesmo sabe onde ele fica. “Não sei nem onde é porque está na mata. Não sei nem onde fica e ninguém veio dar explicações. Agora, vivo com ajuda”, completa.

Com o atraso, moradores das Vilas Produtivas Rurais estão sem qualquer fonte de renda (Foto: Antonio Rodrigues)

A agricultora lamenta: “Prometeram uma vida melhor para a gente, porque a gente morava na beira do rio e tinha trabalho de inverno à seca. Tinha como se manter. Não só eu como os demais. Agora, estamos sem produzir”.

Morador da VPR Malícia, no município de Penaforte, Damião José Vieira compartilha das mesmas dificuldades de outras famílias reassentadas: “Estamos no sufoco. Alguns têm bicos, mas tem outros que não têm de jeito nenhum”, reforça.

Com a pandemia da covid-19, as dificuldades para encontrar trabalho são ainda maiores. “O homem da roça vive da roça. Aqui, não pode nem desmatar o lote até receber o documento definitivo. É triste. E tem pessoas piores do que eu”.

Situação ‘grave’
O geógrafo Liro Nobre, que pesquisa os conflitos pela água na região do Cariri, classifica a situação das vilas produtivas como “grave”. Ele lembra que a maioria das famílias reassentadas conquistam seu sustento da terra. Alguns, que moravam às margens dos rios, tirando até duas safras ao ano com acesso que tinham ao recurso hídrico.

“Fora também a identidade territorial. Elas foram afetadas, deslocadas e tiveram suas vidas profundamente alteradas. Hoje, dependem desse dinheiro”, acredita.

Até terem seus lotes entregues pelo governo federal, a contrapartida do Estado seria o pagamento deste salário mínimo. Com as terras, Liro acredita que as famílias poderiam produzir e reconstruir um novo vínculo. “Ainda assim, muitos saíram para uma terra fraca, sem a mesma fertilidade”, destaca.

“O que poderia ser, de alguma forma, um alento, era a chegada das águas do São Francisco. Além de depender do dinheiro, elas são submetidas a regras: não pode criar todo tipo de animal, construir uma casa extra para um parente, um armazém”
Liro Nobre, geógrafo

Ministério admite atraso
Em nota, o Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) admitiu o atraso no pagamento da VMT. De acordo com a pasta, isso decorre da Lei Orçamentária Anual (LOA) 2021 ainda não ter sido sancionada. No entanto, não deu um prazo para a regularização da situação.

Já sobre os lotes irrigados que serão entregues aos moradores reassentados, o MDR afirmou que está em andamento o processo de licitação para suas implementações. A previsão é que a empresa responsável seja contratada até o final do primeiro semestre de 2021.

Por Antonio Rodrigues

Fonte: Diário do Nordeste

Revista Cariri Recomenda

Programa VaiVem será ampliado para a Região Metropolitana do Cariri
Regionais

Programa VaiVem será ampliado para a Região Metropolitana do Cariri

16 de dezembro de 2025
Fósseis históricos da Bacia do Araripe retornam ao Brasil após anos em museu da Alemanha
Cariri

Fósseis históricos da Bacia do Araripe retornam ao Brasil após anos em museu da Alemanha

15 de dezembro de 2025
Elmano de Freitas anuncia pacote de R$ 309 milhões para fortalecer a agricultura familiar
Regionais

Elmano de Freitas anuncia pacote de R$ 309 milhões para fortalecer a agricultura familiar

13 de dezembro de 2025
Entenda a proposta que retira exigência de autoescola para tirar CNH
Cariri

Instrutores autônomos no Crajubar se credenciam para novo modelo de formação de condutores

11 de dezembro de 2025
Próximos
No Parlamento Europeu, Bolsonaro é citado por crime contra humanidade

No Parlamento Europeu, Bolsonaro é citado por crime contra humanidade

Hospitalizado com Covid-19, Paulo Gustavo é intubado

Sem hemorragias, médicos têm 'mais confiança' em recuperação de Paulo Gustavo

Petrobras anuncia nova alta para gasolina e diesel

Mais Lidas

  • Fui bloqueado no WhatsApp. Como desbloquear?

    Fui bloqueado no WhatsApp. Como desbloquear?

  • Auxílio Catador terá novo edital em 2026 com mais de 3,6 mil vagas no Ceará

  • Moraes determina início do processo para extradição de Ramagem, foragido nos EUA

  • Anvisa aprova uso de semaglutida para tratamento de gordura no fígado com inflamação

  • Bolsonaro passará por perícia médica nesta quarta-feira, após determinação do STF

© Revista Cariri - Desenvolvido por Clik Design.

Sem Resultado
Ver resultados

© Revista Cariri - Desenvolvido por Clik Design.

Controle sua privacidade
Nós usamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência em nossos serviços, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao utilizar nossos serviços, você concorda com tal monitoramento.
Funcional Sempre ativo
O armazenamento ou acesso técnico é estritamente necessário para a finalidade legítima de permitir a utilização de um serviço específico explicitamente solicitado pelo assinante ou utilizador, ou com a finalidade exclusiva de efetuar a transmissão de uma comunicação através de uma rede de comunicações eletrónicas.
Preferências
O armazenamento ou acesso técnico é necessário para o propósito legítimo de armazenar preferências que não são solicitadas pelo assinante ou usuário.
Estatísticas
O armazenamento ou acesso técnico que é usado exclusivamente para fins estatísticos. O armazenamento técnico ou acesso que é usado exclusivamente para fins estatísticos anônimos. Sem uma intimação, conformidade voluntária por parte de seu provedor de serviços de Internet ou registros adicionais de terceiros, as informações armazenadas ou recuperadas apenas para esse fim geralmente não podem ser usadas para identificá-lo.
Marketing
O armazenamento ou acesso técnico é necessário para criar perfis de usuário para enviar publicidade ou para rastrear o usuário em um site ou em vários sites para fins de marketing semelhantes.
Gerenciar opções Gerenciar serviços Manage {vendor_count} vendors Leia mais sobre esses propósitos
Ver preferências
{title} {title} {title}
WhatsApp chat