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Uso de dinheiro vivo sustentou campanhas da família Bolsonaro

Jair Bolsonaro e seus filhos injetaram R$ 100 mil em campanhas de 2008 a 2014; família já movimentou mais de R$ 3 milhões em espécie

23 de setembro de 2020
Uso de dinheiro vivo sustentou campanhas da família Bolsonaro

Da esquerda para a direita, Flávio, Jair, Carlos e Eduardo Bolsonaro (Foto: Flickr/Bolsonaro)

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O presidente Jair Bolsonaro e seus filhos fizeram sucessivas doações em dinheiro vivo para irrigar suas campanhas eleitorais de 2008 a 2014. No total, foram injetados R$ 100 mil em espécie nesse período —corrigidos pela inflação, os valores chegam a R$ 163 mil.

A prática funcionou por meio de autodoações em dinheiro vivo e de depósitos em espécie feitos por um membro da família em favor de outro. Em duas candidaturas, a utilização de cédulas foi responsável por cerca de 60% da arrecadação da campanha.

O uso frequente de dinheiro vivo no financiamento eleitoral repete hábito da família de pagar contas pessoais e até a quitação de imóveis em espécie, costume atualmente investigado no chamado caso das “rachadinhas” na Assembleia Legislativa do Rio.

Transações em espécie não configuram crime, mas podem ter como objetivo dificultar o rastreamento da origem de valores obtidos ilegalmente. Hoje em dia, esse tipo de movimentação é comunicada automaticamente ao Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) quando ultrapassa R$ 10 mil.

Os depósitos em dinheiro vivo para o financiamento de campanha foram identificados pela Folha nos processos físicos das prestações de contas entregues à Justiça Eleitoral.

A reportagem analisou os recursos recebidos desde 2000 pelas campanhas de Jair Bolsonaro (sem partido) e seus filhos, Flávio (Republicanos-RJ), Carlos (Republicanos-RJ) e Eduardo (PSL-SP).

Nas cinco campanhas em que a reportagem identificou pagamentos em espécie, o percentual de financiamento desse tipo em relação ao total de recursos arrecadados variou de 1% a 58%.

Das 13 candidaturas analisadas, em 4 não houve depósitos em dinheiro vivo. Em outras 4, não foi possível confirmar pelas prestações se houve injeções em espécie.

O elevado uso de dinheiro vivo nas campanhas destoa da prática de outras candidaturas bem-sucedidas naqueles anos.

Reportagens e dados obtidos por órgãos de investigação mostraram que a família Bolsonaro, especialmente na figura do senador Flávio Bolsonaro, já movimentou mais de R$ 3 milhões em dinheiro vivo nos últimos 25 anos.

Entre as operações em espécie, segundo as apurações, estão a compra de imóveis, a quitação de boletos de planos de saúde e da escola das filhas de Flávio, o pagamento de dívidas com uma corretora e depósitos nas contas da loja da Kopenhagen da qual o senador é dono.

O Ministério Público do Rio de Janeiro suspeita que o filho mais velho do presidente tenha utilizado recursos obtidos com o suposto esquema de devolução de salários em seu antigo gabinete na Assembleia Legislativa para permitir essas operações em benefício pessoal.

A reportagem procurou a família Bolsonaro para comentar sobre a utilização de dinheiro em espécie em campanha, mas não obteve resposta até a conclusão da reportagem. Anteriormente, integrantes do clã negaram que elas representassem indícios de ilegalidades.

Entre as campanhas da família, a que mais recebeu recursos em espécie foi a do vereador Carlos Bolsonaro à Câmara Municipal do Rio em 2008. Naquele ano, Carlos doou para a própria campanha R$ 10 mil em dinheiro vivo. Flávio também colocou R$ 10 mil e, Jair, R$ 15 mil.

Os R$ 35 mil em espécie injetados pela família representam cerca de 60% de todos os recursos angariados por Carlos naquela campanha.

A reportagem consultou as prestações de contas de outros candidatos bem votados no Rio. Entre os dez que ficaram à frente de Carlos e que têm dados disponíveis, só um, Sebastião Ferraz, eleito pelo PMDB, teve perfil de financiamento parecido.

Em 2010, Jair Bolsonaro doou R$ 10 mil em espécie para sua própria campanha a deputado federal. Dois anos depois, Carlos novamente colocou R$ 10 mil em dinheiro vivo na sua campanha a vereador, enquanto seu pai doou R$ 12 mil.

Em 2014, ano de sua estreia na política, Eduardo Bolsonaro recebeu R$ 30 mil em espécie para sua campanha a deputado federal. O valor corresponde a mais de 60% de todos os recursos angariados.

Naquele ano, Carlos colocou R$ 10 mil em dinheiro vivo na campanha do irmão, enquanto Jair doou R$ 9.000. O ex-assessor Jorge Francisco, pai do atual ministro da Secretaria-Geral, Jorge Oliveira, repassou R$ 11 mil.

O uso de dinheiro em espécie foi inexpressivo na ocasião entre os candidatos mais votados em São Paulo. Nas prestações de contas dos três mais votados, há apenas um lançamento desse tipo, de R$ 200, a favor de Marco Feliciano (hoje no Republicanos) —o equivalente a apenas 0,1% do total arrecadado por ele.

Também em 2014, Jair injetou mais R$ 4.500 em espécie na sua campanha à Câmara dos Deputados.

A reportagem também identificou outras doações recebidas pela família entre 2000 e 2014, no total de R$ 73.584, cujo meio da transação não foi possível confirmar nos processos físicos.

É o caso de R$ 15 mil doados por Carlos à sua própria campanha em 2000, e R$ 6.584 injetados por Jair em sua campanha a deputado federal em 2002.

Também é a situação da campanha de Jair quatro anos depois, quando ele e Jorge Francisco colocaram R$ 10 mil cada. Ainda em 2006, Jorge Francisco também doou R$ 4.000 a Flávio. O ex-assessor Telmo Broetto repassou R$ 9.000.

O site do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) indica que em 2012 Carlos recebeu R$ 10 mil em espécie do Comitê Financeiro Municipal para Vereador do PP, mas na prestação física não consta o recibo para confirmação.

Em 2014, Eduardo repassou R$ 9.000 para sua campanha a deputado federal. Segundo o registro online do tribunal, o valor foi depositado em espécie. Não foi possível confirmar no processo físico, no entanto, como a transação foi realizada.

O site do TSE também aponta, erroneamente, que Carlos depositou R$ 10 mil em dinheiro vivo para a campanha de Flávio em 2010. A prestação física mostra que, na verdade, o valor foi transferido entre as contas correntes dos irmãos.

Segundo o Ministério Público do Rio, o senador Flávio Bolsonaro movimentou R$ 2,89 milhões em dinheiro vivo, que teriam como origem o esquema de devolução de salários no seu antigo gabinete na Assembleia do Rio.

A “rachadinha”, de acordo com os investigadores, foi operada pelo ex-assessor Fabrício Queiroz, que recebeu mais de R$ 2 milhões de 13 assessores de Flávio, de 2007 a 2018, por meio de transferências bancárias e de depósitos em espécie.

A apuração abrange os crimes de peculato, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

Segundo a investigação, os valores do esquema foram lavados pelo senador, em sua maior parte, por meio de sua franquia da Kopenhagen (R$ 1,71 milhão), compra de imóvel (R$ 638,4 mil), boletos de plano de saúde e escola (R$ 261,6 mil) e depósitos em conta (R$ 133 mil).

Reportagens da Folha e do jornal O Globo revelaram outros possíveis usos de dinheiro vivo pela família Bolsonaro.

Foi o caso da compra de imóveis pela segunda mulher de Bolsonaro, Ana Cristina Valle, no valor de R$ 243,3 mil; da compra de imóvel pela primeira mulher, Rogéria Bolsonaro, no valor de R$ 95 mil; e dos pagamentos feitos por Carlos e Flávio a uma corretora, no valor de R$ 15,5 mil cada.

Assim, os R$ 100 mil em espécie injetados nas campanhas eleitorais representam mais uma frente do costumeiro uso de dinheiro vivo pela família.

Há indícios de que a “rachadinha” possa ter chegado ao gabinete de Jair Bolsonaro, embora o presidente não seja alvo de investigação no caso.

Nove assessores de Flávio que tiveram o sigilo quebrado pela Justiça foram lotados, antes, no gabinete do pai na Câmara dos Deputados.

Nathalia Queiroz, filha de Queiroz, também teve passagens pelos dois gabinetes. Como a Folha revelou, Nathalia era funcionária fantasma de Jair Bolsonaro e atuava como personal trainer no Rio.

Segundo o MP-RJ, ela repassou pelo menos R$ 633 mil ao pai. A Folha mostrou que os repasses continuaram mesmo quando Nathalia esteve no gabinete de Jair.

A Folha também revelou que durante os 28 anos em que foi deputado federal, de 1991 a 2008, Jair Bolsonaro manteve uma intensa e incomum rotatividade salarial de seus assessores.

De um dia para o outro, assessores chegavam a ter os salários dobrados, triplicados, quadruplicados, o que não impedia que pouco tempo depois tivessem as remunerações reduzidas a menos de metade.

Além disso, dados da quebra de sigilo de Queiroz mostram que o ex-assessor e sua mulher repassaram 27 cheques para a primeira-dama Michelle Bolsonaro, de 2011 a 2016, no total de R$ 89 mil. Os valores foram revelados pela revista Crusoé.

A apuração do suposto esquema de Flávio Bolsonaro também pode ter desdobramentos no gabinete de Carlos Bolsonaro na Câmara Municipal do Rio.

Após reportagens da Folha e da revista Época, Carlos passou a ser investigado pelo suposto emprego de funcionários fantasmas.

A investigação pode ter seu escopo ampliado, pois o vereador já teve quatro ex-assessores com os sigilos bancário e fiscal quebrados na investigação sobre a suposta “rachadinha”. Eles trabalharam tanto no gabinete de Carlos como no de Flávio.​

A assessoria da Presidência da República informou que não comentaria a utilização de dinheiro em espécie em campanhas de Jair Bolsonaro e dos filhos.

A reportagem procurou outros os três filhos do presidente, mas não obteve resposta até a conclusão deste texto.

Em relação às movimentações de dinheiro em espécie, em ocasiões anteriores a família Bolsonaro negou que elas representassem indícios de ilegalidades. A defesa de Flávio Bolsonaro, por exemplo, disse em julho, ao comentar depósito de R$ 25 mil feito por Queiroz na conta da mulher do senador, que não houve nenhuma irregularidade.

No mês anterior, os irmãos Carlos e Flávio disseram em nota, ao falar sobre depósitos em dinheiro vivo que fizeram para uma corretora de valores, que era um erro misturar esse assunto com a investigação em andamento no Rio. “Apenas alimenta ilações fantasiosas e incentiva a campanha de perseguição.”

O uso de dinheiro vivo pelos Bolsonaros e seu entorno

• De 2007 a 2018, ex-assessores de Flávio Bolsonaro na Assembleia do Rio sacaram mais de R$ 7 milhões de suas contas
• O Ministério Público do Rio suspeita que parte desses saques possa ter sido repassada a Fabrício Queiroz em mãos, dificultando a rastreabilidade
• Ainda segundo a Promotoria, esses recursos eram usados para pagar, em dinheiro vivo, despesas de Flávio, incluindo boletos de plano de saúde e escola, parcela de imóvel e pagamento de dívida com um PM, entre outros
• A Folha identificou em prestações de contas à Justiça Eleitoral que o presidente Jair Bolsonaro e seus filhos também usaram dinheiro vivo para irrigar suas campanhas eleitorais de 2008 a 2014

Fonte: Folha de S.Paulo

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