O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes afirmou nesta terça-feira (10) que as instituições punirão “todos os responsáveis” pelos atos de terrorismo deflagrados na Esplanada dos Ministérios, no último domingo (8), por uma minoria de bolsonaristas radicais.
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“Dentro da legalidade, as instituições irão punir todos os responsáveis, todos. Aqueles que praticaram os atos, aqueles que planejaram os atos, aqueles que financiaram os atos e aqueles que incentivaram, por ação ou omissão. Porque a democracia irá prevalecer”, declarou Moraes.
Moraes deu a declaração em um discurso breve na solenidade de posse do diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues. O ministro classificou a PF como um “órgão competentíssimo que, ano após ano, vem ganhando o respeito da população”.
O magistrado também afirmou que a operação que desmobilizou o acampamento bolsonarista em frente ao quartel-general do Exército em Brasília, na segunda (9), foi “necessária para garantir a democracia, para mostrar que não há Apaziguamento nas instituições brasileiras”.
O termo Apaziguamento é usado, na história mundial, para se referir à tentativa de governos europeus de negociar e aliviar tensões com a Alemanha nazista de Hitler, nos anos 1930. A estratégia de não isolar ou enfrentar o regime de Hitler se provou errada e resultou na Segunda Guerra Mundial.
“Se o apaziguamento tivesse dado certo, não teríamos tido a Segunda Guerra Mundial. A ideia de apaziguamento é por covardia ou por interesses próprios. Temos que combater firmemente o terrorismo, as pessoas antidemocráticas, as pessoas que querem dar o golpe, que querem o regime de exceção”, afirmou Moraes.
“Não é possível conversar com essas pessoas de forma civilizada, essas pessoas não são civilizadas. Basta ver o que fizeram no Palácio do Planalto, no Congresso Nacional, e com muito mais raiva e ódio no Supremo Tribunal Federal”, prosseguiu.
“Mas as instituições não são feitas só de mármore e cadeiras. São feitas de pessoas, de coragem, de cumprimento da lei. Não achem esses terroristas que até domingo faziam badernas e crimes, e que agora reclamam que estão presos querendo que a prisão seja uma colônia de férias. Não achem que as instituições irão fraquejar”, continuou Moraes.
Quase ao mesmo tempo, no Senado, o presidente Rodrigo Pacheco (PSD-MG) fez um discurso duro contra os atos de terrorismo – e também reforçou que ‘minoria extremista’ será identificada, investigada e punida.
Fonte: g1