Após quase nove meses sem ser visto em público, o prefeito de Limoeiro do Norte, José Maria Lucena (PSB), enviou nesta quarta-feira (11) um pedido de licença de 120 dias para a Câmara de Vereadores do município. O pedido ocorreu dois dias após o Ministério Público pedir o afastamento preventivo de Lucena e o pagamento de uma multa de R$ 333 mil.
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O documento que solicita a licença foi assinado na segunda-feira (9), mesmo dia do pedido de afastamento do MP, e foi recebido pelos vereadores nesta quarta-feira (11). Com o afastamento de Lucena, sua vice, Dilmara Amaral, com quem é rompido politicamente, deve assumir a prefeitura.
Ao g1, Dilmara afirmou que informada pela Câmara de que a cerimônia de posse deve ocorrer nesta quinta-feira (12) às 8h30. A gestora afirmou que continua estudando os primeiros passos que deve tomar como prefeita da cidade – mas já adianta que vai fazer alterações no secretariado.
“A gente já está analisando o cenário. Vamos fazer sim alterações porque a gente entende que a equipe de secretariado é equipe de extrema confiança do Executivo”, contou a vice-prefeita.
A última vez que Lucena, de 78 anos, foi visto em público foi no dia 12 de janeiro de 2023, portanto, há quase nove meses. Desde então, o gestor não aparece em compromissos oficiais nem promove audiências com vereadores ou aliados. O sumiço levou o Ministério Público a abrir um processo administrativo para investigar o caso.
Onde está o prefeito?
Segundo assessores e advogados de Lucena, o prefeito está realizando tratamento de hemodiálise em Fortaleza, a 200 quilômetros de Limoeiro do Norte, três vezes por semana, para combater problemas renais.
Com o sumiço do prefeito, a oposição passou a cobrar o afastamento de Lucena, uma vez que sua ausência prolongada viola a Lei Orgânica do município, que funciona como uma espécie de “Constituição” da cidade. De acordo com a lei, o prefeito não pode se ausentar do município por mais de 15 dias sem permissão da Câmara dos Vereadores, sob pena de perda do mandato.
Apesar disso, o gestor não solicitou licença médica e seus assessores garantiam que Lucena estava cumprindo plenamente suas funções de chefe do Executivo do município de 55 mil habitantes, um polo regional do Vale do Jaguaribe.
No processo administrativo conduzido pelo MP, é apontado que, embora o Lucena esteja teoricamente ausente, o Executivo municipal continua enviando projetos para a Câmara – o que levanta o questionamento de quem está exercendo as funções do prefeito.
Fonte: g1 CE