Neste início de março, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) registrou uma queda expressiva no Índice de Popularidade Digital (IPD), registrado pela consultoria Quaest. No início de janeiro o desempenho do presidente era de 83,2 pontos, medidos em uma escala de 0 a 100. Em março, esse número caiu 20 pontos, totalizando 62,3.
A empresa responsável pelo monitoramento acompanha o desempenho de 10 nomes de expressão na política nacional mais cotados para disputar as eleições presidenciais de 2022, dentre eles estão o ex-presidente Lula, o governador de São Paulo, João Dória (PSDB); o ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro; e o apresentador Luciano Huck.
Em contrapartida à queda de Bolsonaro e cada vez mais próximo da média de popularidade do chefe do Executivo, o ex-presidente Lula registrou um crescimento de cerca de 15 pontos. Seu IPD, que registrava 40,3 pontos em janeiro deste ano, passou a registrar 55,9 agora em março.
O conselho da consultoria, no entanto, é que os dados sejam interpretados. Acredita-se que o favorecimento do ex-presidente seja em função das discussões mais recentes sobre o aumento no preço do combustível e dos alimentos, no comparativo à tabela de preços do governo petista.
O IPD é obtido a partir de seis indicadores: presença, fama, engajamento, mobilização, valência e interesse. O crescimento de Lula estaria relacionado aos índices de interesse, medidos a partir de buscas no Google, Youtube e Wikipedia. As buscas pelo petista seriam sobre os preços dos bens de consumo durante a sua gestão, colocados à mesa em debates recentes sobre o aumento dos preços no governo Bolsonaro.
O presidente, por sua vez, lidera os índices com folga desde 2019, mas registra quedas a cada ano. As demais personalidades monitoradas tinham médias expressivamente mais baixas, em cerca de 45 pontos.
No seu primeiro ano de mandato, Bolsonaro registrou uma média de 85, 3 pontos no IPD. Em 2020, foram 80,7. Neste mês de março, marcado pela atuação desastrosa no enfrentamento à pandemia e omissão ante ao crescimento de casos e óbitos pela Covid-19 no Brasil, o presidente teve sua pior pontuação já registrada, com a queda de 20 pontos.
Fonte: O Povo