A Polícia Federal deflagrou, nesta quarta-feira (16), a operação Mão Dupla, com o objetivo de aprofundar investigações sobre crimes de corrupção eleitoral e outras infrações penais conexas em Juazeiro do Norte. A operação foi desencadeada pela Delegacia da PF naquela cidade e envolve suspeitas de compra de votos para candidatos aos cargos de deputado federal e estadual.
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🔍 Mandados de busca e investigação
A ação cumpre três mandados de busca e apreensão, expedidos pela Justiça Eleitoral da 28ª Zona, com sede em Juazeiro do Norte. Os mandados são direcionados a um dos investigados, cujo nome não foi revelado em razão do segredo de justiça que envolve o caso.
🧩 Investigação partiu de denúncia inusitada
A apuração teve início de forma incomum: o próprio investigado procurou a Polícia Civil de Juazeiro do Norte para registrar um boletim de ocorrência. No relato, ele afirmou ter sido “contratado” para aliciar eleitores em troca de votos para determinados candidatos nas eleições.
Segundo o depoimento, o contratante teria fornecido valores em dinheiro tanto para a compra dos votos quanto para a execução do serviço de aliciamento. Após as eleições, o contratante teria acusado o aliciador de não cumprir o acordo, já que os candidatos não atingiram a votação esperada.
🎯 Objetivos da operação
A operação busca:
• Confirmar a materialidade dos crimes eleitorais;
• Identificar a origem dos recursos financeiros usados no esquema;
• Esclarecer os vínculos entre o contratante, o aliciador e os candidatos supostamente beneficiados.
A Polícia Federal não divulgou os nomes dos envolvidos nem os partidos dos candidatos mencionados, já que a investigação tramita em segredo de justiça.
⚖️ Corrupção eleitoral no foco
A operação Mão Dupla se soma a outras ações recentes voltadas ao combate de práticas ilícitas durante o processo eleitoral. A compra de votos é crime previsto no Código Eleitoral e pode resultar em cassação de mandato, inelegibilidade e pena de reclusão.
A PF informou que novas diligências podem ser realizadas conforme o andamento das investigações.
Por Aline Dantas









