O procurador-geral da República, Paulo Gonet, pediu nesta quarta-feira (15) ao Supremo Tribunal Federal (STF) a reabertura do inquérito que investigou o ex-presidente Jair Bolsonaro por suposta interferência política na Polícia Federal (PF). O caso havia sido arquivado em 2022 após relatório da corporação concluir pela ausência de provas.
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Entenda o caso
A investigação teve início após a demissão de Sergio Moro do cargo de ministro da Justiça, em abril de 2020. Na ocasião, o ex-juiz acusou Bolsonaro de tentar interferir politicamente na PF, especialmente na troca do então diretor-geral Maurício Valeixo, indicado por Moro.
Em março de 2022, durante o governo do ex-presidente, a Polícia Federal encerrou o inquérito e recomendou o arquivamento. Agora, a PGR quer retomar as apurações com base em novos elementos.
📄 O que diz o pedido da PGR
No documento enviado ao STF, Paulo Gonet afirma que é necessário verificar “com maior amplitude” se houve de fato interferência ou tentativa de interferência de Bolsonaro em investigações da PF. O procurador-geral cita conversas de WhatsApp trocadas entre Bolsonaro e Sergio Moro em abril de 2020.
Segundo a PGR:
• Em 22 de abril de 2020, Bolsonaro teria enviado mensagem a Moro confirmando que demitiria Maurício Valeixo;
• No dia seguinte, o então presidente compartilhou notícia de investigações da PF contra deputados aliados.
Trecho do documento afirma:
“É imprescindível verificar se houve uso da estrutura do Estado para obtenção clandestina de dados sensíveis e eventual interferência nas investigações apontadas nos diálogos e depoimentos.”
🔎 Outras ligações investigadas
A PGR também quer que a PF investigue possíveis conexões entre a suposta interferência e:
✔️ Investigações sobre a Abin paralela
✔️ Rede de desinformação organizada
✔️ Uso do Gabinete de Segurança Institucional (GSI)
✔️ Articulações ligadas à trama golpista investigada pelo STF
Análise do STF
O pedido será analisado pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no STF. Ele deve decidir se autoriza ou não a retomada do inquérito pela Polícia Federal.
Por Aline Dantas









