Deputados de oposição protocolaram nesta quarta-feira (30) um pedido formal de criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o esquema de fraudes no INSS revelado pela Polícia Federal.
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🔎 O requerimento contou com 185 assinaturas — mais do que o mínimo necessário de 171 — mas a instalação ainda depende do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB).
“Nossa solicitação é para Hugo Motta pautar o mais rápido possível a CPI do Roubo dos Aposentados”, declarou o deputado Coronel Chrisóstomo (PL-RO), autor do pedido.
📌 Pelo regimento interno, a CPI só começa após autorização da presidência da Casa.
💣 Fraudes bilionárias na Previdência
A Polícia Federal revelou um esquema bilionário de fraudes em aposentadorias e pensões do INSS, praticado por associações de fachada que:
📑 Cadastravam idosos sem consentimento
🖊️ Falsificavam assinaturas
💸 Descontavam mensalidades direto dos benefícios
📉 O prejuízo estimado entre 2019 e 2024 chega a R$ 6,3 bilhões.
👤 O ex-presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, foi demitido após a operação, que também levou ao afastamento de cinco servidores e prisão de seis suspeitos.
Entre os nomes envolvidos está Antonio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, apontado como lobista que articulava repasses e lavagem de dinheiro por meio de empresas.
🗣️ Deputados comparam à CPI da Petrobras
O vice-presidente da Câmara, Altineu Côrtes (PL-RJ), afirmou: “A CPI do INSS é uma das mais importantes da história do Congresso. Esses bilhões foram desviados de aposentados, de idosos, uma covardia sem tamanho.”
💵 Governo promete devolução dos valores
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, garantiu que o governo vai devolver os valores indevidamente descontados de aposentados e pensionistas.
“Essas pessoas foram lesadas. Vamos encontrar o caminho da reparação”, disse Haddad.
⚙️ A equipe econômica aguarda orientações da CGU e AGU para definir como o ressarcimento será feito.
🧾 Gestão dos reembolsos será do próprio INSS
O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, informou que o INSS está revisando os cadastros irregulares e que, caso necessário, o governo pode recorrer ao orçamento federal.
“A ideia é acomodar essa demanda dentro do orçamento atual. Se não for suficiente, a Junta Orçamentária vai avaliar como bancar os pagamentos”, disse Ceron.
Por Pedro Villela, de Brasília










