O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) abriu, nesta terça-feira (23), a 80ª Assembleia Geral da ONU, em Nova York, com um discurso contundente em defesa da soberania brasileira e críticas diretas ao governo de Donald Trump, presidente dos Estados Unidos. O petista afirmou que agressões ao Judiciário brasileiro são “inaceitáveis” e que a democracia do país “não se negocia”.
Curta, siga e se inscreva nas nossas redes sociais:
Facebook | X | Instagram | YouTube | Bluesky
Sugira uma reportagem. Mande uma mensagem para o nosso WhatsApp.
Entre no canal do Revista Cariri no Telegram e veja as principais notícias do dia.
Lula também condenou os “falsos patriotas” que atacam as instituições nacionais, defendeu a regulação das redes sociais, mencionou a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativa de golpe e criticou duramente as ações de Israel na Faixa de Gaza, classificando-as como “genocídio em curso”.
⚖️ Defesa da democracia e do Judiciário
O presidente reforçou que, mesmo diante de ataques externos e internos, o Brasil resistiu e reafirmou seu compromisso com o Estado Democrático de Direito.
“Agressão contra a independência do poder Judiciário é inaceitável. Essa ingerência em assuntos internos conta com o auxílio de uma extrema-direita subserviente e saudosa das antigas hegemonias”, disse Lula.
Ele destacou ainda que “não há pacificação com impunidade” e que os ataques de “falsos patriotas” não serão tolerados.

🇧🇷 Recado a Trump e às sanções dos EUA
Sem citar diretamente o republicano, Lula criticou as medidas unilaterais e sanções impostas contra o Brasil após a condenação de Jair Bolsonaro pelo STF.
“Não há justificativas para as medidas unilaterais e arbitrárias contra as nossas instituições e nossa economia”, declarou.
O discurso ocorre um dia após o governo Trump anunciar novas sanções contra autoridades brasileiras, incluindo a aplicação da Lei Magnitsky contra Viviane Barci de Moraes, esposa do ministro Alexandre de Moraes, e a revogação do visto do advogado-geral da União, Jorge Messias.
🏛️ Condenação de Bolsonaro como mensagem ao mundo
Lula usou a condenação histórica do ex-presidente Jair Bolsonaro — sentenciado a 27 anos e três meses de prisão pelo STF — como exemplo de que o Brasil não tolera autocratas.
“Diante dos olhos do mundo, o Brasil deu um recado a todos os candidatos a autocratas: nossa democracia e nossa soberania são inegociáveis”, afirmou.
🌍 Gaza e direitos humanos
O presidente foi enfático ao criticar Israel, condenando os bombardeios na Faixa de Gaza.
“Os atentados terroristas do Hamas são indefensáveis sob qualquer ângulo, mas nada, absolutamente nada, justifica o genocídio em curso em Gaza”, afirmou.

🌱 Clima e COP30 em Belém
Lula reforçou o papel do Brasil na agenda climática e convidou líderes mundiais para a COP30, que será realizada em Belém (PA), em 2025.
“A COP30 será a COP da verdade. O momento em que os líderes mundiais terão de provar a seriedade de seu compromisso com o planeta”, disse.
💻 Regulação das redes sociais
O petista voltou a defender a regulação do ambiente digital.
“Regular não é restringir a liberdade de expressão, é garantir que o que já é ilegal no mundo real seja tratado assim também no mundo virtual”, afirmou.
✅ Principais pontos do discurso de Lula na ONU:
• Defesa do Judiciário e da democracia brasileira;
• Críticas às sanções e recados a Donald Trump;
• Condenação de Bolsonaro como marco histórico;
• Denúncia de “genocídio” em Gaza;
• Convite para a COP30 em Belém;
• Defesa da regulação das redes sociais.
Assista a íntegra do discurso de Lula na Assembleia Geral da ONU:
Por Fernando Átila









