A Polícia Federal cumpre na manhã de hoje mandados de busca e apreensão contra empresários bolsonaristas que, em um grupo de WhatsApp, defenderam um golpe de Estado caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vença Jair Bolsonaro (PL) no pleito de outubro de 2022. As mensagens foram reveladas pelo colunista Guilherme Amado, do site Metrópoles.
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A operação foi autorizada pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes e envolve 35 policiais federais. As buscas estão sendo feitas em endereços de oito empresários em São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Ceará. Entre os alvos estão:
• Luciano Hang, da Havan
• José Isaac Peres, da rede de shopping Multiplan
• Ivan Wrobel, da Construtora W3
• José Koury, do Barra World Shopping
• Luiz André Tissot, do Grupo Serra
• Meyer Nigri, da Tecnisa
• Marco Aurélio Raimundo, da Mormaii
• Afrânio Barreira, do Grupo Coco Bambu
Em relação a Hang, o ministro Moraes autorizou buscas na residência, casa de veraneio e escritório dele.
A reportagem procurou a assessoria de imprensa dos oito empresários citados e aguarda retorno.
A defesa de Luiz André Tissot informou que “a empresa e o presidente da companhia não irão se manifestar sobre o tema”.
Apoio a um golpe de Estado
A reportagem do Metrópoles mostra que José Koury, dono do shopping Barra World, no Rio de Janeiro, declarou preferir uma “ruptura” do que o retorno de petistas ao Palácio do Planalto. Segundo o empresário, se o Brasil voltasse a ser governado por uma ditadura militar, o país seguiria recebendo investimentos externos.
“Prefiro golpe do que a volta do PT. Um milhão de vezes. E com certeza ninguém vai deixar de fazer negócios com o Brasil. Como fazem com várias ditaduras pelo mundo.”
José Koury, dono do shopping Barra World
A mensagem de Koury foi uma resposta à discussão iniciada pela postagem de Ivan Wrobel, dono da W3 Engenharia, construtora de imóveis de alto padrão, atuante na zona sul do Rio de Janeiro.
Na sequência, Marco Aurélio Raymundo, conhecido como Morongo, que é médico e dono da empresa de roupas e itens de surfe Mormaii, respondeu às mensagens de Koury:
• Golpe foi soltar o presidiário
• Golpe é o “supremo” agir fora da constituição
• Golpe é a velha mídia só falar merd*
Afrânio Barreira, dono do Grupo Coco Bambu, defensor do presidente Bolsonaro publicamente, comentou a mensagem de Koury com uma figurinha de um homem dando “joinha”.
No mesmo dia, o empresário André Tissot, do Grupo Sierra, empresa que fabrica móveis de luxo, declarou:
• O golpe teria que ter acontecido nos primeiros dias de governo.
• [Em] 2019 teríamos ganhado outros 10 anos a mais.
Fonte: UOL










