O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou na noite deste sábado (13) a realização de um exame de ultrassonografia no ex-presidente Jair Bolsonaro, que cumpre pena em uma sala da Superintendência da Polícia Federal (PF), em Brasília. A decisão atende a pedido feito pela defesa do ex-chefe do Executivo.

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Bolsonaro está preso desde a condenação a 27 anos e três meses de reclusão no processo que apurou a trama golpista após as eleições de 2022. O exame será realizado no próprio local de custódia, sem necessidade de deslocamento do condenado para uma unidade hospitalar.

🏛️ Decisão do STF
Na decisão, Alexandre de Moraes determinou que o procedimento seja feito conforme solicitado pelos advogados, com comunicação formal à Polícia Federal.

“Diante do exposto, autorizo a realização do exame no local onde o condenado encontra-se custodiado, nos termos requeridos pela defesa. Dê-se ciência da presente decisão à Polícia Federal. Intimem-se os advogados regularmente constituídos”, afirmou o ministro.

🩺 Detalhes do exame
O exame de ultrassonografia será realizado pelo médico Bruno Luís Barbosa Cherulli, indicado pela defesa de Bolsonaro. O profissional utilizará um equipamento portátil e fará a avaliação nas regiões inguinais direita e esquerda.

Segundo os advogados, o objetivo é atualizar os exames médicos do ex-presidente, diante de alegações de agravamento do quadro de saúde.

⚖️ Perícia médica oficial
O pedido de autorização foi protocolado na última quinta-feira (11), após Moraes determinar que Bolsonaro passe por uma perícia médica oficial, a ser realizada pela própria Polícia Federal, no prazo de até 15 dias.

Ao justificar a necessidade da perícia, o ministro destacou que os exames apresentados anteriormente pela defesa — usados para solicitar cirurgia e prisão domiciliar — eram antigos e não refletiam o estado de saúde atual do ex-presidente.

🏥 Pedido de cirurgia
Na terça-feira (9), a defesa informou que Bolsonaro teria apresentado piora no estado de saúde e solicitou que ele fosse levado imediatamente ao Hospital DF Star, em Brasília, para avaliação e eventual realização de cirurgia. O pedido ainda está sendo analisado no âmbito do processo.

Por Pedro Villela, de Brasília