A nova pesquisa Quaest, divulgada neste domingo (6), mostra que 56% dos brasileiros são contrários à anistia para os envolvidos nos ataques de 8 de janeiro de 2022. Por outro lado, 34% defendem que o grupo seja solto — seja por considerar a prisão injusta desde o início, seja por acreditar que os detidos já estão presos há tempo demais. Outros 10% não souberam ou preferiram não responder.
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O levantamento foi encomendado pela Genial Investimentos e ouviu 2.004 pessoas em todo o país, entre os dias 27 e 31 de março. A margem de erro é de dois pontos percentuais, com nível de confiança de 95%.
Lula X Bolsonaro: o que pensam seus eleitores?
Entre os eleitores de Lula no segundo turno de 2022, 77% acreditam que os envolvidos nos ataques devem continuar presos por mais tempo e cumprir suas penas. Já entre os eleitores de Bolsonaro, esse índice cai para 32%. Entre os que não votaram ou votaram branco/nulo, a taxa é de 53%.
A defesa à anistia se distribui da seguinte forma:
15% de quem votou em Lula;
61% de quem votou em Bolsonaro;
31% de quem não foi votar ou votou branco/nulo.
Bolsonaro participou dos ataques? Opinião está estável
A percepção sobre o possível envolvimento de Jair Bolsonaro no planejamento dos ataques de 8 de janeiro permanece estável em relação à última pesquisa, divulgada em dezembro de 2024. Para 49% dos entrevistados, o ex-presidente participou da tentativa de golpe. Outros 35% discordam. Os demais não opinaram.
A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de tornar Bolsonaro réu também divide opiniões:
49% consideram a decisão justa;
36% a classificam como injusta;
12% não souberam ou não quiseram responder.
Entre os eleitores de Lula, 80% aprovam a decisão do STF. Entre os bolsonaristas, apenas 16% concordam com o julgamento. Já no grupo que anulou o voto ou votou em branco, o cenário é mais dividido: 51% acham justa a decisão, 30% a consideram injusta e 19% preferiram não responder.
Polarização marcada na opinião pública
“Fica bem evidente essa divisão quando estudamos os dados por tipo de eleitor. O lulista aposta na prisão de Bolsonaro (56%), o bolsonarista, não (55%). E entre quem alienou o voto, há um empate número 42% x 42%. Dá pra perceber como as duas ‘torcidas’ se dividem neste caso”, afirmou Felipe Nunes, diretor da Quaest.
Por Nicolas Uchoa