Uma pesquisa do Instituto Datafolha divulgada nesta terça-feira (8) mostra que 52% dos brasileiros acreditam que o ex-presidente Jair Bolsonaro deveria ser preso. O levantamento foi feito dias após a decisão unânime da 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) que transformou Bolsonaro em réu por tentativa de golpe de Estado, no fim de março.
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Segundo os dados, 42% dos entrevistados são contra a prisão do ex-presidente e 7% não souberam responder.
Opinião sobre a prisão de Bolsonaro
• Sim, deveria ser preso: 52%
• Não deveria ser preso: 42%
• Não sabem: 7%
A pesquisa foi realizada entre os dias 1º e 3 de abril com 3.054 pessoas com mais de 16 anos em 172 municípios. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Brasileiros não acreditam que prisão acontecerá
Apesar da maioria defender a prisão de Bolsonaro, o Datafolha também apontou que a maior parte da população acredita que o ex-presidente não será preso.
Expectativa sobre prisão de Bolsonaro
• Sim, vai ser preso: 41%
• Não vai ser preso: 52%
• Não sabem: 7%
Mobilização por anistia
Diante do avanço das investigações e processos judiciais, Bolsonaro tem intensificado sua articulação política em torno da anistia aos condenados pelos ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023. A proposta virou bandeira central dos seus aliados, que veem nela a possibilidade de também beneficiar o próprio ex-presidente, hoje inelegível.
No último domingo (6), Bolsonaro comandou um ato na avenida Paulista, em São Paulo, que reuniu cerca de 44,9 mil pessoas no pico da manifestação, segundo estimativa da Universidade de São Paulo (USP), em parceria com o Cebrap e a ONG More in Common. A medição foi feita com o uso de drones e software de inteligência artificial.
O ato do último domingo superou em público a manifestação de 16 de março, no Rio de Janeiro, que reuniu cerca de 18,3 mil pessoas no pico, também de acordo com a USP. A Polícia Militar, no entanto, afirmou em redes sociais que o ato carioca teve público de 400 mil pessoas. Já o Datafolha estimou 30 mil manifestantes em Copacabana.
Por Nicolas Uchoa
