O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu na noite deste domingo (13), no Palácio da Alvorada, com ministros e o presidente do Banco Central para discutir as medidas que o Brasil deve adotar em resposta à taxação de 50% sobre produtos brasileiros anunciada pelos Estados Unidos.
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Durante o encontro, Lula defendeu a criação de um comitê de empresários para buscar alternativas e soluções frente à crise, com a primeira reunião prevista já para a manhã desta segunda-feira (14).
Segundo informações apuradas pelo jornalista Valdo Cruz, da GloboNews, o presidente quer deixar claro que o tarifaço não é um problema exclusivo do governo, mas de toda a economia nacional. Lula também reforçou que é necessário superar divisões partidárias e unir esforços em defesa da indústria e dos empregos brasileiros.
👥 Autoridades presentes na reunião
A reunião contou com a participação de integrantes da equipe econômica e política do governo federal, além de representantes do Banco Central e do Ministério das Relações Exteriores. Veja quem esteve presente:
• Geraldo Alckmin, vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços
• Fernando Haddad, ministro da Fazenda
• Carlos Fávaro, ministro da Agricultura
• Gleisi Hoffmann, ministra da Secretaria de Relações Institucionais
• Sidônio Palmeira, ministro da Secretaria de Comunicação
• Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central
• Jaques Wagner, líder do governo no Senado
• Maria Laura da Rocha, secretária-geral do Itamaraty
• Miriam Belchior, secretária-executiva da Casa Civil
⚖️ Barroso critica argumentos dos EUA e defende democracia
Também neste domingo, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, publicou uma carta pública defendendo o regime democrático e criticando os fundamentos usados pelo governo americano para justificar a nova tarifa.
“As diferentes visões de mundo nas sociedades abertas e democráticas fazem parte da vida e é bom que seja assim. Mas não dão a ninguém o direito de torcer a verdade ou negar fatos concretos que todos viram e viveram”, escreveu Barroso.
Ele classificou como “compreensão imprecisa” a leitura feita pelos EUA sobre os acontecimentos recentes no Brasil e lamentou que, em 9 de julho, sanções tenham sido anunciadas com base nessa narrativa.
🔁 Brasil prepara decreto de reciprocidade
O vice-presidente Geraldo Alckmin anunciou que o governo federal deve publicar até terça-feira (15) o decreto que regulamenta a Lei da Reciprocidade, permitindo que o Brasil adote medidas tarifárias equivalentes contra produtos importados dos Estados Unidos.
A declaração foi feita durante a inauguração de um viaduto em Francisco Morato (SP). Segundo Alckmin, o governo ainda espera uma reversão da medida norte-americana, prevista para entrar em vigor em 1º de agosto.
“Entendemos que a taxação é inadequada e não se justifica”, afirmou o vice-presidente.
📦 Entenda o caso
Na última quarta-feira (9), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou a aplicação de uma tarifa de 50% sobre as exportações brasileiras, em especial produtos siderúrgicos, agrícolas e de calçados.
O Ceará, por exemplo, deve ser um dos estados mais afetados, dada sua forte relação comercial com os EUA. Com a medida, o Brasil busca agora costurar saídas diplomáticas e econômicas para preservar empregos, exportações e a competitividade da indústria nacional.
Por Pedro Villela, de Brasília









