O ex-presidente Lula (PT) chamou nesta quinta-feira (23) de moleques messiânicos os ex-integrantes da Lava Jato de Curitiba. O petista disse que vai estudar novos pedidos de indenização contra eles após as eleições presidenciais deste ano. Lula ficou 580 dias presos após denúncia e condenação da Lava Jato.
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“Eu tenho pena, porque esses moleques que criaram a força-tarefa em Curitiba, eles não só me prejudicaram como prejudicaram a imagem do Ministério Público, que é uma instituição da qual eu e os brasileiros temos que ter o mais profundo respeito”, afirmou o ex-presidente em entrevista à Rádio Super N, de Belo Horizonte.
“Eles tentaram quase que destruir (…) a Polícia Federal também teve delegados irresponsáveis, e teve um juiz irresponsável como cidadão que eu não vou dizer o nome dele”, afirmou, se referindo ao juiz responsável pela Lava Jato, Sergio Moro, hoje pré-candidato a presidente pelo Podemos.
Nesta semana, a Quarta Turma do STJ (Superior Tribunal de Justiça) decidiu que o ex-procurador da República Deltan Dallagnol deve pagar indenização de R$ 75 mil por danos morais ao ex-presidente Lula por “ataques à honra” na entrevista na qual divulgou a denúncia do tríplex em Guarujá (SP).
Essa entrevista ficou conhecida pela apresentação de PowerPoint reproduzida em um painel. Foram 4 votos a 1 a favor da condenação do ex-procurador. Cabe recurso.
Para os ministros, Deltan usou expressões que não constavam na denúncia e tinham como objetivo ferir a imagem do ex-presidente. À época, Deltan afirmou que Lula era “o grande general” do esquema da Petrobras e que comandou uma “propinocracia”.
Nesta quinta, Lula foi questionado na entrevista sobre a condenação de Deltan. “Entrei com um processo contra esse procurador porque ele é um messiânico, um mentiroso.”
“Fala de honestidade e tentou criar um fundo para a turma dele com dinheiro da Petrobras, R$ 2,5 bilhões. Então achei que tinha que entrar com processo e graças a Deus eu tenho todos os meus processos anulados”, disse o ex-presidente.
Na ação que chegou ao STJ, a defesa de Lula afirmava que a entrevista coletiva de Deltan “se transformou em um deprimente espetáculo de ataque à honra à imagem e à reputação” do ex-presidente.
Eles pediram R$ 1 milhão em danos morais pela realização da entrevista de setembro de 2016 na qual ele explicou a denúncia da Operação Lava Jato contra Lula pelo caso do tríplex em Guarujá (SP), que mais tarde levou o ex-presidente a ser condenado e preso.
Os magistrados, após discussão, fixaram essa indenização em R$ 75 mil. Corrigido desde o mês em que a entrevista foi concedida, o valor final será superior a R$ 100 mil.
Na entrevista à rádio, ao ser questionado sobre o que achava de Moro, Lula disse se tratar do maior mentiroso da História do Brasil.
“Não me fale dessa pessoa. É o maior mentiroso que passou pela história do Brasil. Que conseguiu enganar 100% da imprensa, conseguiu enganar 100% da política, conseguiu enganar a sociedade. Como mentira não dura a vida inteira, finalmente a casa caiu e ele virou essa coisa grotesca que está se apresentando como candidato à Presidência da República.”
Fonte: Folhapress