O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), fez duras críticas ao Congresso Nacional nesta quarta-feira (15) e afirmou que o parlamento brasileiro “nunca teve o baixo nível como tem agora”. As declarações foram dadas durante um evento em homenagem ao Dia dos Professores, no Rio de Janeiro, ao lado do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), que ouviu as críticas sem reagir.
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Segundo Lula, o atual cenário político brasileiro foi influenciado pela eleição de parlamentares ligados à extrema-direita em 2022, grupo que ele classificou como “o que existe de pior”.
“Hugo (Motta) é presidente desse Congresso e sabe que ele nunca teve a qualidade de baixo nível como tem agora. Aquela extrema-direita que se elegeu em 2022 é o que existe de pior. Não podemos ter presidente que nega que existiu a Covid-19, nega a vacina, distribui remédio que não vale nada, que tem ministro da Saúde que não entendia porra nenhuma de saúde”, afirmou Lula.
🗳️ Eleições de 2026 em foco
Durante o discurso, Lula também aproveitou para alertar sobre a importância das próximas eleições gerais, que acontecem em 2026. Ele disse que o povo brasileiro precisa “decidir que tipo de Brasil quer”.
“No ano que vem teremos eleições e vamos ter de decidir que tipo de Brasil queremos. Vocês que vão ter que saber qual senador vão eleger, o deputado federal, o estadual. Depois, não adianta reclamar”, disse.
🎯 Críticas a Witzel e política no Rio
O presidente citou ainda o cenário político do Rio de Janeiro e criticou a eleição do ex-governador Wilson Witzel, eleito em 2018 e afastado do cargo após denúncias de corrupção.
“Não consigo entender como esse Estado, que é altamente politizado, elegeu um cara para governador que era um juiz picareta (…), se meteu na corrupção e foi eleito”, afirmou Lula, dirigindo-se ao prefeito Eduardo Paes (PSD), presente no evento.
⚖️ Relação tensa com o Congresso
As declarações acontecem em meio a um momento de tensão entre o Palácio do Planalto e o Congresso. Na semana passada, o governo sofreu uma derrota na Câmara dos Deputados, que rejeitou uma medida provisória que poderia garantir cerca de R$ 20 bilhões aos cofres públicos em 2025.
Lula afirmou que o próximo ano será “o ano da verdade” na política e disse não aceitar mais mentiras no cenário público nacional.
“Esse ano foi o ano da colheita e o ano que vem é o ano da verdade. Quem quiser mentir, vá para a casa do chapéu, porque não vamos permitir a volta de mentiroso nesse país”.
Por Pedro Villela, de Brasília









