O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), disse hoje que o valor do novo auxílio emergencial deverá ser de R$ 250 mensais e será pago em quatro meses.
Em entrevista à Record TV, o parlamentar disse que a leitura da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) Emergencial, que inclui o pagamento, deverá ser feita amanhã e a votação no Senado ocorrerá na quarta-feira.
“Previsão é de que seja em torno de R$ 250, a princípio por 4 meses, pagando-se agora março, abril, maio e junho”, disse ele.
A PEC é a grande aposta do governo para destravar um novo auxílio emergencial e, na mesma tacada, cortar gastos públicos.
O texto estava na pauta de quinta-feira (25), mas foi adiado. A proposta é extensa, tem pontos controversos como o fim do piso de gastos com saúde e educação e ainda precisa passar pela Câmara.
Lira disse que o assunto foi um dos tratados em encontro com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e alguns de seus ministros ontem.
Vacinas e CPI da Covid
Na entrevista, o parlamentar também disse que o país poderá ter cerca de 140 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19 disponíveis nos meses de março, abril e maio, mas não detalhou de onde viriam esses imunizantes.
O presidente da Câmara afirmou ainda que as autoridades estão trabalhando duramente para que toda a população seja vacinada o mais rapidamente possível. “É a única saída que nós temos para garantir a saúde da população e amadurecimento da economia”, avaliou.
Lira ainda explicou o motivo pelo qual é contrário à instalação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) sobre as ações do governo federal no combate à pandemia agora. Em sua avaliação, o momento é de concentrar esforços para buscar saídas para a crise.
Ontem, pelo segundo dia consecutivo, o Brasil bateu um novo recorde e registrou a pior média de mortes por Covid-19 em toda a pandemia.
“Todos temos que estar focados no aspecto construtivo. Depois que nós ultrapassarmos isso, que garantirmos vacinas para a população, vamos ter a oportunidade porque os fatos não se precluem de fazer essa ou aquela CPI para analisar, investigar ou punir eventuais erros. Mas se agora pararmos o Congresso com uma CPI para discutirmos quem está errando ou quem errou, não vamos conseguir concentrar esforços para que a gente tenha uma saída mais rápida possível, para que Brasil tenha sua população atendida com relação à pandemia, saúde, e economia com condições de se manter em pé, para que não entremos numa recessão”, argumentou.
Fonte: UOL