A governadora do Ceará, Izolda Cela, pronunciou-se sobre publicações que relacionam o reajuste anual na conta da Enel ao Governo do Estado. Conforme a pedetista, estão “espalhando fake news sobre ela” nas redes sociais. “Mentem!”, defendeu-se.
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“Enel, empresa privada, aumentou autorizada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), ligada ao Governo Federal”, explicou a chefe do Executivo Estadual nesta quarta-feira (27) por meio das redes sociais.
O aumento a que Izolda se refere é o de 24,85%, que é inclusive o maior reajuste no Ceará desde 2013. A medida foi aprovada pela Aneel no dia 19 de abril e começou a falar no último dia 22.
Os reajustes não são atribuição do Governo do Ceará. Todos os estados passam por essa majoração anualmente, sendo a distribuidora de energia privada ou não. No caso da Enel, que é privada, a maior parte do aumento é correspondente ao que não foi aplicado em 2021 e também pela crise hídrica e pela pandemia, segundo informou o gerente de regulação da Enel, Gustavo Garcia.
Garcia participou de audiência na Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (AL-CE) sobre o aumento, que vem sendo criticado por cearenses, parlamentares e integrantes de órgãos como o Ministério Público do Ceará (MPCE).
Reajuste anual
Com o aumento, em suma, consumidores que tinha uma conta de R$ 100, com o mesmo consumo, terão de pegar R$ 125,09.
Entretanto, a alta não deve ser sentida de forma imediata pelos cearenses, segundo a Enel. No início deste mês, a bandeira tarifária de escassez hídrica foi substituída pela verde, que não tem cobrança adicional.
Para consumidores da categoria alta tensão, como empresas de grande porte, a majoração na conta é de 24,16%.
Imbróglio judicial
O polêmico reajuste inclusive é alvo de ofensiva de deputados estaduais e do MPCE, onde promotores já têm uma ação civil pública redigida para apresentar.
Promotores avaliam se a Aneel também será alvo da ação. Na AL-CE, é possível que se instaure uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). Deputado estadual Delegado Cavalcante (PL) começou a coletar assinaturas para uma CPI investigar “irregularidades cometidas pela Enel”.
Por Matheus Facundo
Fonte: Diário do Nordeste