Os dados do cartão corporativo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), divulgados no dia 12 de janeiro, mostravam que o então chefe do Executivo gastou ao menos R$ 27,6 milhões durante os quatro anos de mandato. Entretanto, esse valor pode ser ainda maior, segundo revelou o jornalista Luiz Fernando Toledo, co-fundador da agência Fiquem sabendo em entrevista ao UOL.
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Na entrevista, Luiz Fernando Toledo, afirmou que os dados divulgados anteriormente não eram discriminados e deixam várias questões e aberto, uma vez que os dados do dia 12 não indicam se foi do apenas do presidente ou se fazem relação à outros órgãos que fazem parte da Presidência da República — como a Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) ou o Gabinete de Segurança Institucional (GSI).
Vale lembrar que a primeira divulgação dos dados foi obtida pela Fiquem sabendo por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI), mas os informes também estão disponíveis no site do governo.
No entanto, após o fim do sigilo do cartão corporativo — que é garantido após o final do mandado de quem está no poder — a agência identificou pelo Portal da Transparência que esses gastos excedem a quantia de R$ 75 milhões, quase o triplo do divulgado anteriormente.
Segundo Toledo, as incoerências entre os valores ocorrem provavelmente porque no Portal da Transparência esses valores são separados por órgão, enquanto nas planilhas não.
“O que não está esclarecido é o que significam afinal esses dados que eles divulgaram. Será que é só um pedaço? Falta atualizar, falta colocar os dados com viagens internacionais ou se colocaram só um órgão? Sem essas informações fica muito difícil fazer qualquer comparativo [com outros governos]”, questionou Toledo na entrevista.
Além disso, as diferenças entre os dados divulgados também mostram que os gastos somente de 2022 são mais de cinco vezes maior de uma planilha para a outra. Nos dados do dia 12, o ex-presidente havia gastado R$ 4,9 milhões, segundo a planilha, mas no Portal da Transparência o valor gasto no mesmo período foi de R$ 22,8 milhões.
Fonte: Correio Braziliense