Em resposta ao relator da CPI da Covid, senador Renan Calheiros (MDB-AL), a diretora técnica da Precisa Medicamentos, Emanuela Medrades, em depoimento no senado nesta quarta-feira, 14, não divulgou quanto a empresa receberia pela representação da farmacêutica Bharat Biotech no Brasil para negociação da vacina indiana Covaxin com o Ministério da Saúde. Ela alegou haver uma cláusula de confidenciabilidade no contrato entre as duas empresas.
“Bharat vai receber US$ 15 por dose, caso o contrato seja… [aprovado], já incluso imposto, frete, todos os itens de risco e derivados. E a questão da participação da Precisa tem cláusula de confidenciabilidade e eu não tenho autorização para compartilhar aqui”, disse Emanuela. Assista ao vivo:
A CPI teve início nesta quarta após suspensão da sessão de ontem por 12h e manifestação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux sobre o habeas corpus parcial que concedeu a Emanuela. Ela se disse à disposição para esclarecer as dúvidas dos senadores. Também deverá ser ouvido nesta quarta o dono da Precisa Medicamentos, Francisco Maximiano .
A Precisa intermediou as negociações do Ministério da Saúde para compra da vacina indiana Covaxin, cujo contrato é alvo de suspeitas de irregularidades e corrupção.
Tanto Emanuela quanto Francisco são são considerados “peças-chave” nas investigações da CPI, pois o imunizante indiano foi o mais caro adquirido pelo governo federal. A vacina, porém, não possui registro aprovado na Índia e nem na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Além da CPI, que investiga as ações e omissões do governo Bolsonaro durante a pandemia do novo coronavírus, a Polícia Federal , o Tribunal de Contas da União ( TCU ) e o Ministério Público Federal ( MPF ) também estão investigando os contratos entre o Ministério da Saúde e a Precisa Medicamentos.
Fonte: iG