O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) prestou depoimento de três horas e meia de duração nesta terça-feira (16), na sede da Polícia Federal, em Brasília, no inquérito que apura um suposto esquema de adulteração de cartões de vacinação contra a Covid-19, que teria beneficiado a ele próprio além da filha, Laura Bolsonaro, e do ex-ajudante de ordens, Mauro Cid e membros da família dele.
Curta, siga e se inscreva nas nossas redes sociais:
• Facebook
• Twitter
• Instagram
• YouTube
• Koo
Sugira uma reportagem. Mande uma mensagem para o nosso WhatsApp.
Entre no canal do Revista Cariri no Telegram e veja as principais notícias do dia.
Bolsonaro disse que não determinou e não soube da inserção de dados falsos sobre a vacinação contra a Covid-19 nos sistemas da Saúde. Ao todo, o depoimento tem 12 páginas.
As atenções agora se voltam para o depoimento do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, que deve prestar depoimento na quarta-feira (17).
O que a PF investiga?
A PF investiga se Bolsonaro tinha conhecimento do esquema e se partiu dele a ordem de acesso ao sistema do Ministério da Saúde, onde os dados sobre a vacinação contra a Covid-19 foram inseridos e depois retirados.
No dia 3 de maio, a Polícia Federal realizou buscas na casa do ex-presidente, em Brasília, para encontrar evidências do envolvimento de Bolsonaro no esquema. O celular dele foi apreendido pelas autoridades. No mesmo dia, ele falou à imprensa e afirmou que não se vacinou contra a Covid-19, e que os cartões de vacinação dele e da filha não foram adulterados. Ele se negou a depor à PF no dia da operação alegando que sua defesa precisava ter acesso à investigação, por isso, o depoimento foi marcado para esta terça-feira.
Prisões
Durante a operação deflagrada pela Polícia Federal, seis suspeitos de envolvimento no esquema de fraudes foram presos. Entre eles, o coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. Cid teria inserido informações falsas no ConecteSUS para conseguir vantagens ilícitas e emitir certificados falsos de vacinação contra a Covid-19 para ele, a esposa e as três filhas.
Os dados de vacinação do ex-presidente foram incluídos no sistema do Ministério da Saúde em Duque de Caxias, mesma cidade onde Cid teria conseguido o cartão de vacinação da esposa, segundo a PF.
Uma enfermeira da prefeitura de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, confirmou à Polícia Federal que emprestou a senha para o secretário municipal de Governo de Duque de Caxias (RJ), João Carlos de Sousa Brecha, apagar os registros de vacinação do ex-presidente Jair Bolsonaro. Brecha também foi preso durante a operação de 3 de maio.
Fonte: Terra (Com informações da GloboNews e Estadão Conteúdo)